Sinopse: 'Em um mundo devastado pela doença, Hig conseguiu escapar à gripe que
matou todo mundo que ele conhecia. Sua esposa e seus amigos estão
mortos, e ele sobrevive no hangar de um pequeno aeroporto abandonado com
seu cachorro, Jasper, e um único vizinho, que odeia a humanidade, ou o
que restou dela.
Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem...'
Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem...'
Quando li a sinopse do livros esperava uma estória
completamente diferente da que encontrei.A obra é narrada em primeira pessoa e
dividida em três livros que delimitam, marcam ou enceram certa parte a vida de
Hig.
O livro um possui uma narrativa bem arrastada e meio confusa a principio.
O leitor se sente perdido no início devido a ausência de travessões e
delimitadores de diálogo, assim, as ‘vozes’ dos personagens meio que se
misturam o que dificulta um pouquinho a leitura. Devido
a esse obstáculo quase abandonei a obra. Porém, com o
decorrer da narrativa esse processo se torna mais fluido e menos confuso. O final do livro um choca bastante o
leitor o que nos impulsiona e nos deixam ansiosos pelas próximas páginas.
O diferencial do livro esta definitivamente na fragilidade
humana, nas reflexões de Hig, no modo como ele reage ao caos do mundo. Ele
se recusa a aceitá-lo , quer a todo custo acreditar que ainda há beleza nessa
loucura, na violência e tristeza que a gripe deixou para trás. No entanto o modo como ele
lida com esse horror às vezes o coloca em situações bem perigosas e
acompanhá-lo nessa jornada me deixou bem chocada. Que tipo de ser humano tenta
matar uns aos outros quando já não há muito pelo que viver? Ou por quem viver?
Uma das partes mais impressionantes da obra foi o evento envolvendo o caminhão
de coca cola. Reli algumas vezes na esperança de estar enganada com os
‘acessórios’ no pescoço de um personagem. Eu
me recusava a acreditar em algo tão repugnante e triste. Lamentável
imaginar tal maldade, mesmo que em uma obra de ficção.
O que me incomodou na escrita de Heller, além do fato da narrativa ser
lenta a meu ver, foram as perguntas que não foram respondidas. O leitor termina
o livro com aquela sensação de pontas soltas e aquela sensação de ‘mas acabou’? No meu ponto de vista o autor poderia ter trabalhado um pouquinho mais o enredo afim de
satisfazer nossa curiosidade, especialmente sobre o assunto central do livro.
Apesar desses poréns ‘Na companhia das estrelas’ é um livro que em todo seu horror nos fornece um fio de esperança na
bondade do ser humano, na diferença que um bom coração pode fazer no mundo.
Para os leitores que gostam de uma narrativa mais lenta na linha do filme ‘Eu sou a
lenda’ essa é boa dica de leitura.
Booktrailer:
Sobre o livro:
Título: Na companhia das estrelas
Autor: Peter Heller
Editora: Novo Conceito
Páginas: 407
Leia um trecho do livro na página da Editora Novo Conceito clicando AQUI