Yejide espera por um milagre: um filho. É o que seu marido deseja, o que sua sogra deseja, e ela já tentou de tudo para engravidar. Mas, quando seus parentes insistem que seu marido receba uma nova esposa, Yejide chega ao limite. Tendo como pano de fundo a turbulência política e social da Nigéria dos anos 1980, Fique comigo relata a fragilidade do amor matrimonial, o rompimento de uma família, o poder do luto e os laços arrebatadores da maternidade. Uma história sobre as tentativas desesperadas que fazemos para salvar a nós mesmos, e a quem amamos, do sofrimento.
Tem livro que você gosta o mesmo tanto que ele te despedaça e Fique comigo é esse tipo de leitura. Entre as idas e vindas da narrativa, que nos conta através de Yejide e Akin como foi o relacionamento deles e como é a vida agora, o sofrimento é presente, assim como é presente a força das tradições.
Creio que nunca deixarei de me impressionar como o machismo vai ser sempre uma fonte interminável de sofrimento. E não falo somente para as mulheres, ainda sendo nós as maiores vítimas, mas também para o homem. É um comportamento que não deixa espaço para ter fraquezas, defeitos, saber ceder. Sempre precisa de um culpado e, como o sistema é, cairá sempre para a mulher esse fardo.