quinta-feira, 28 de abril de 2022

Lemos na Fábrica: Março 2022

Não posso reclamar de Março. Foram muitas leituras interessantes para mim, gostei bastante de quase tudo e dei continuidade aos desafios #LeituraPreta e ler autores de vários países. Teve Colômbia, Argentina, Nigéria, Vietnã, Guiana... Vamos lá?

"Cidadã de segunda classe", Buchi Emecheta: Cidadã de segunda classe não foi um livro fácil e não falo isso por conta da escrita, que me agradou muito, e sim porque nos deparamos com todo o machismo e preconceito da sociedade, e dói ver o quanto determinadas construções afetam tanto a vida das mulheres, ainda mais as negras. É um livro que deixa o leitor numa espiral de revolta e raiva, mas que também nos faz torcer para Adah conseguir seguir com seus planos e realizar seus sonhos. Resenha aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

RESENHA: E viveram felizes para sempre (Os Bridgertons #9)

Alguns finais são apenas o começo...
Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos...
Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza.
Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes?
A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.
Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.

terça-feira, 19 de abril de 2022

RESENHA: Cidadã de segunda classe

Na Nigéria dos anos 60, Adah precisa lutar contra todo tipo de opressão cultural que recai sobre as mulheres. Nesse cenário, a estratégia para conquistar uma vida mais independente para si e seus filhos é a imigração para Londres. O que ela não esperava era encontrar, em um país visto por muitos nigerianos como uma espécie de terra prometida, novos obstáculos tão desafiadores quanto os da terra natal. Além do racismo e da xenofobia que Adah até então não sabia existir, ela se depara com uma recepção nada acolhedora de seus próprios compatriotas, enfrenta a dominação do marido e a violência doméstica e aprende que, dos cidadãos de segunda classe, espera-se apenas submissão.

Cidadã de segunda classe foi minha escolha para o desafio #LeituraPreta de Março. A autora é muito citada pelas criadoras de conteúdo que sigo, e faz um tempo que queria conhecer sua escrita. Tentei ano passado e não deu certo, mas esse ano finalmente aconteceu. Passei por uma infinidade de sentimentos durante a leitura e, ainda sim, alguns me pegaram de surpresa: eu sabia que não seria fácil, mas o tom inicial do livro prometia alguma leveza (mesmo não muita) e assim foi até o momento que nossa protagonista vai para Londres.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Assistimos na Fábrica: Março 2022

Olá! Seguindo meu objetivo de dar orgulho a Ângela (hahahaha) assisti alguns filmes, principalmente quando eram de atores que eu acompanho e tentei dar continuidade a minha saga de assistir filmes do Studio Ghibli. Claro que não deixei os dramas de lado, aliás viciei muito em alguns. Vamos lá?

Thirty-nine (drama sul coreano 2022): Nossa, o que posso dizer desse drama? Eu amo enredos que a amizade é o foco, e Thirty-nine é assim: as três mulheres que se conheceram na adolescência são o poro seguro uma da outra. As interações delas tem tudo que uma amizade precisa: apoio, risadas, desentendimentos, sinceridade e lealdade. Então, quando chega os momentos difíceis, ela os enfrentam juntas. Tem romance para todos os gostos, eu me encantei (novamente) com o Woo Jin (Seon Woo) agora como par da personagem Mi Joo, adorei a forma divertida e calma que Joo Hee e Hyun Joon se aproximam, e a situação delicada entre Chan Yeong e Jin Seok. O drama também aborda temas como adoção, traição, doença, situações familiares. Te faz dar risada, chorar, se conformar, se revoltar e te faz torcer. Muito. Assisti no Kingdom Fansubs, mas tem também na Netflix.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

SORTEIO: O avesso da pele + resultado Março


Olá! Tudo bem?

Sorteio de Abril no ar depois de muita demora! Além de muito ocupada, fiquei doente, então me atrapalhei toda. O livro sorteado será o premiado "O avesso da pele", do Jeferson Tenório. A resenha está aqui. Para participar é só seguir as regras e o formulário abaixo:

RESENHA: O avesso da pele

Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário.
Um romance sobre identidade e as complexas relações raciais, sobre violência e negritude, O avesso da pele é uma obra contundente no panorama da nova ficção literária brasileira.
O avesso da pele é a história de Pedro, que, após a morte do pai, assassinado numa desastrosa abordagem policial, sai em busca de resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos. Com uma narrativa sensível e por vezes brutal, Jeferson Tenório traz à superfície um país marcado pelo racismo e por um sistema educacional falido, e um denso relato sobre as relações entre pais e filhos.
O que está em jogo é a vida de um homem abalado pelas inevitáveis fraturas existenciais da sua condição de negro em um país racista, um processo de dor, de acerto de contas, mas também de redenção, superação e liberdade. Com habilidade incomum para conceber e estruturar personagens e de lidar com as complexidades e pequenas tragédias das relações familiares, Jeferson Tenório se consolida como uma das vozes mais potentes e estilisticamente corajosas da literatura brasileira contemporânea.
"Não é de graça que Tenório, além de autor premiado, é tão bem acolhido pelo público e pela crítica. Ele não faz turismo, safári social, na desgraça geral do país, não faz da crítica à desigualdade um truque, um atalho apelativo e barato, panfletário, para ter mais aceitação, reconhecimento. Estamos diante de um escritor que, correndo todos os riscos, sabe arquitetar uma boa trama e encantar o leitor. Por muitas vezes durante a leitura eu disse para mim mesmo: como ele consegue construir personagens tão reais e fáceis de serem amados? Eu agradeço, a literatura brasileira agradece."
– Paulo Scott