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terça-feira, 9 de junho de 2020

Uma conversa sobre a obra de Elena Ferrante


Vamos conversar um pouco sobre os livros da Elena Ferrante?

Para minha vergonha, somente li um livro dela: A filha perdida. Lembro que meus sentimentos sobre a leitura se resumiam a incômodo, não porque a escrita era difícil ou ruim, muito pelo contrário, mas porque os sentimentos que os assuntos abordados remetiam me faziam pensar em demasia, principalmente por ser muito diferente do senso comum. Era como se a autora tivesse percebido aqueles pensamentos que ninguém tem coragem de expor e colocado em um outdoor e dissesse "encare, você já pensou nisso".

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

RESENHA: A filha perdida

“As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender.” Com essa afirmação ao mesmo tempo simples e desconcertante Elena Ferrante logo alerta os leitores: preparem-se, pois verdades dolorosas estão prestes a ser reveladas.
Lançado originalmente em 2006 e ainda inédito no Brasil, o terceiro romance da autora que se consagrou por sua série napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém.
No estilo inconfundível que a tornou conhecida no mundo todo, Elena Ferrante parte de elementos simples para construir uma narrativa poderosa sobre a maternidade e as consequências que a família pode ter na vida de diferentes gerações de mulheres.