Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo medo da aids. Este romance traz uma história de superação de cruéis adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais. Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.
Sem gentileza foi minha escolha para o desafio #LeituraPreta de março: mulher negra. Creio não ter tido experiência de leitura anterior que tratasse de algum aspecto do apartheid, então para mim foi uma novidade bem vinda pois me fez pensar em pontos antes ignorados.
Também nunca tinha lido nada que fizesse menção a epidemia de Aids na África do Sul e ter o tema tão debatido no livro realmente fez diferença e explica muito dos acontecimentos. É um assunto necessário, onde temos a oportunidade de entender o impacto na vida das pessoas e como o machismo tem grande culpa nessa disseminação.