Na Inglaterra, onde duas facções rivais de bruxos dividem espaço com os humanos, Nathan é considerado uma abominação. Além de ser um mestiço — filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras —, seu pai, Marcus, é o bruxo mais cruel e poderoso que já existiu. Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado. E Nathan não pode confiar em ninguém. Em Half Wild, após descobrir seu dom mágico, mesmo sem ainda conseguir controlá-lo, Nathan se une aos rebeldes da Luz e das Sombras de toda a Europa para derrubar Soul, líder tirânico do Conselho, e os caçadores, cujo domínio se espalhou para além da Inglaterra. O Conselho de bruxos da Luz continua em sua cola e não vai parar até ele ser capturado e obrigado a matar o próprio pai, cumprindo a profecia. Nathan vai precisar encontrar um modo de conviver com seu lado selvagem, descobrir quem são seus verdadeiros aliados e — principalmente — quem é seu verdadeiro amor.
A história me ganhou neste segundo livro. O aspecto político e social se sobrepõe na maioria das vezes ao da magia em si, assim como é mais importante o desenvolvimento do Nathan e sua percepção sobre esse sistema. E é isso que me empolga nesta série: aqui a magia só é plano de fundo para uma questão bem mais importante: a intransigência sobre as diferenças entre as pessoas e a falta de respeito pelo próximo. É quase como ver uma versão bruxa do nazismo.