quarta-feira, 28 de julho de 2021

Lemos na Fábrica: Junho 2021

Tentando voltar com meu ritmo de leitura. Continuo privilegiando livros curtos ou contos, pois minha atenção ainda continua bem ruinzinha, qualquer coisa perco o foco. Mas tudo que li foi ótimo, e qualidade importa bem mais que qualidade.


"As boas mulheres da China", Xinran: A terceira leitura do ano do Clube do livro foi o doloroso As boas mulheres da China. Mais sofrido do que conhecer as histórias dessas mulheres durante e depois da Revolução Cultural é perceber que seus relatos são idênticos as de mulheres em todo o mundo, onde quem deveria proteger e dar acolhimento é o grande agente agressor. Um livro difícil na mesma medida que é necessário. Resenha aqui.

sábado, 24 de julho de 2021

HQ: Descender - Lua mecânica (Descender #02)

No segundo volume da série vencedora do Eisner Awards, o androide Tim-21 chega a um novo planeta que pode ser exatamente o que ele procurava. Mas nem tudo é o que parece… A última lembrança de Tim-21 foi o beijo de boa-noite de sua mãe humana. Ao despertar, dez anos depois, ele se depara com uma realidade aterrorizante. Ao narrar a luta do jovem androide para sobreviver em um mundo que deseja aniquilá-lo, Jeff Lemire, criador de Black Hammer, e Dustin Nguyen deram vida a Descender, um épico comovente e apaixonante que conquistou milhares de fãs e foi agraciado com o Eisner, um dos prêmios mais importantes dos quadrinhos. No segundo volume, Lua Mecânica, que reúne os fascículos de 7 a 11, os autores dão sequência à jornada eletrizante de Tim-21 e seus amigos. Novas alianças se formam, antigas ameaças se fortalecem, e a chegada do robô a um lugar misterioso pode mudar drasticamente o destino da galáxia. No passado, robôs gigantes conhecidos como Ceifadores destruíram planetas e civilizações, criando nos que restaram uma aversão às máquinas. Desde então, foram implementadas políticas de perseguição e extermínio de robôs. Essa caça implacável põe em risco a vida de Tim-21, que pode conter em seu código vestígios dos assassinos do passado, o que faz dele o ser mais procurado do universo. Mas talvez ele não seja o único. Ao lado dos amigos, ele percorre planetas e galáxias, desviando de inimagináveis perigos para tentar sobreviver. Quando chega a um novo planeta, percebe que esse lugar surpreendente pode ser o que ele tanto procura: um lar. Mas será que é mesmo seguro? Arrebatadora, a série Descender é uma odisseia cósmica que discute temas como família, amizade, intolerância e a relação muitas vezes conflituosa entre humanos e tecnologia. Sucesso de público e crítica, teve os direitos de adaptação para o cinema adquiridos pela Sony Pictures e para a TV pela NBCUniversal International Studios.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

RESENHA: As boas mulheres da China

Xinran ficou conhecida como a jornalista que "ergueu o véu das mulheres chinesas", graças a seu programa de rádio em que ouvintes relatavam casos de violência e de sofrimento. Neste livro, ela narra experiências de suas entrevistadas ao mesmo tempo que conta a própria história, também marcada pelo preconceito e pela opressão.
Entre 1989 e 1997, a jornalista Xinran entrevistou mulheres de diferentes idades e condições sociais, a fim de compreender a condição feminina na China moderna. Seu programa de rádio, Palavras na brisa noturna, discutia questões sobre as quais poucos ousavam falar, como vida íntima, violência familiar, opressão e homossexualidade. De forma cautelosa e paciente, Xinran colheu inúmeros relatos de mulheres em que predomina a memória da humilhação e do abandono: estupros, casamentos forçados, desilusões amorosas, miséria e preconceito. São histórias como as de Hongxue, que descobriu o afeto ao ser acariciada não por mãos humanas, mas pelas patas de uma mosca; de Hua'er, violentada em nome da "reeducação" promovida pela Revolução Cultural; da catadora de lixo que impôs a si mesma um ostracismo voluntário para não envergonhar o filho, um político bem-sucedido; ou ainda a de uma menina que perdeu a razão em consequência de uma humilhação intensa. Quando Xinran começou suas entrevistas, o peso de tradições antigas e as décadas de totalitarismo político e repressão sexual tornavam muito difícil o acesso à intimidade da mulher chinesa. Desde 1949, a mídia chinesa funcionava como porta-voz do regime comunista. Rádio, televisão e jornais estatais eram a única fonte de informação, e a comunicação com pessoas no exterior era rara. Em 1983, o presidente Deng Xiao Ping iniciou um lento processo de abertura da China.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

HQ: Arlindo

Arlindo é um garoto cheio de sonhos e vontade de encontrar seu lugar no mundo. Tudo o que ele quer é seguir sua vida de adolescente na cidadezinha onde mora, no interior do Rio Grande do Norte. Ele aluga filmes na locadora com as amigas todo sábado, sente o coração bater mais forte pelas primeiras paqueras, canta muito Sandy & Júnior no chuveiro, e ainda cuida da irmã mais nova e ajuda a mãe a fazer doces para vender. Por mais que ele se esforce e dê o seu melhor, muita gente na cidade não aceita Arlindo – o que traz uma série de problemas na escola e até mesmo dentro de casa. Aos poucos, porém, ele vai perceber que vale a pena lutar para ser quem ele é, ainda mais quando tem tanta gente com quem contar.
Com um traço divertido, cores vibrantes e um monte de referências aos anos 2000, esta história em quadrinhos que já conquistou milhares de fãs na internet fala sobre encontrar forças nas pessoas que a gente ama e dentro de nós mesmos.

A força de Arlindo, para mim, está na identificação. Claro que alguém que seja da comunidade LGBTQIA+ terá muito mais pontos em comum, mas mesmo quem não é deve ter visto alguns elementos desse enredo acontecer com alguém próximo. Espero que tenha sido as partes boas, mesmo sabendo ser mais provável ter visto a face do preconceito e intolerância.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Assistimos na Fábrica: Junho 2021

E não é que em Junho eu assisti alguns filmes? Foram poucos? Sim, mas sou preguiçosa pra filme, então é uma vitória. E assisti mais dramas japoneses, sempre me impressiono como eu embarco nos enredos deles e acabo rapidinho. Vamos dar uma olhada?


Kikazaru Koi niwa Riyuu ga Atte (drama japonês 2021): O que falar desse amor de drama? Ele é maravilhoso desde o momento que fala da influência das redes sociais e o relacionamento das pessoas com elas até quando trata dos recomeços e da necessidade de não fugir dos problemas. O relacionamento da Kurumi e do Shun é muito saudável, os dois conversam, brigam, se entendem e dão força um ao outro. Ver como a Hase se abriu para os amigos e para o novo amor me deixou fã dela e eu amo como o Haru está lá por todos eles. O melhor é que não temos uma pessoa para odiar ou por a culpa, temos somente pessoas que tentam viver a própria vida da melhor forma e que tem seus altos e baixos como qualquer um. A delicadeza e leveza do drama me ganhou totalmente e sentirei saudades de tê-los toda semana.

terça-feira, 6 de julho de 2021

SORTEIO: Bruxa Akata + resultado Junho


Olá! Tudo bem?

Atrasada como sempre, cheguei para o sorteio de Julho! O livro será Bruxa Akata e a resenha vocês podem conferir aqui. Para participar é só seguir as regras e o formulário abaixo:

sábado, 3 de julho de 2021

RESENHA: A Mão e o Tamboril (It’s Okay To Not Be Okay #4)

Com personagens cativantes e uma estética inovadora, o drama sul-coreano It’s Okay to Not Be Okay (Tudo bem não ser normal) conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo e movimentou as redes sociais brasileiras a cada novo episódio lançado pela Netflix. Na produção, uma escritora de livros infantis bastante peculiar, um enfermeiro que trabalha em um hospital psiquiátrico e seu irmão mais velho, com transtorno do espectro autista, precisarão enfrentar seus traumas e medos para conseguir vivenciar o amor e criar laços.Poéticas, impactantes e com belas ilustrações, as obras da personagem Ko Moon-young são os fios condutores da trama e encantaram os espectadores. Agora, a coleção está completa com a chegada dos dois últimos títulos. Contos de fadas modernos, essas narrativas cativantes, por vezes sombrias, abordam com honestidade temas como egoísmo, abandono, amor, empatia e felicidade.Era uma vez uma mãe que amava muito a filha e que jurou lhe dar tudo, até o Sol e a Lua. Ela a mimava de todas as formas, tornando-a completamente dependente e incapaz de agir por conta própria. Quando a mãe então implora pela ajuda da filha, a criança nada tem a oferecer, e as consequências dessa relação conflituosa são drásticas.