Monique Melo
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
Um livro que incomoda. Foi o meu primeiro pensamento quando terminei de ler "Um dia". Emma é uma personagem que tem muitas características e ideais que compartilho e tinha a mesma convicção inocente de quem ainda não enfrentou as responsabilidades do mundo real. Foi impossível não me identificar conforme cada resolução que ela tinha como absoluta foi caindo uma a uma. Impossível também foi não se emocionar com a reflexão que ela faz sobre isso, dentre outras coisas.
Dexter é um personagem que eu odiaria se fosse verídico. E, para falar a verdade, eu o odiei mesmo sendo fictício. Mas também é quase inevitável não amá-lo. Ele é a personificação dos erros que cometemos e, assim como o personagem da Emma, incomoda, porque nos faz pensar se iríamos agir igual a ele se passássemos pelas mesmas situações. Ele é tão cru em suas emoções, tão visualmente fraco, que acabei simpatizando com seus momentos de dor.
A relação entre os dois é intensa. A amizade que os une parece ser o centro da força de cada um, ao mesmo tempo em que parece tão frágil em determinados momentos. Acho que ter o outro era a maneira de cada um se ater a realidade e enfrentá-la. Gostei muito dessa dependência que os une e o fato do autor mostrar que amizade e amor tem sim seus momentos ruins, situações onde brigas são necessárias e lágrimas se fazem presentes.
David Nicholls tem uma narrativa muito envolvente. A forma que expõe os fatos é bem interessante e definir um dia do ano para contar o que se passava foi uma ótima escolha. A verossimilhança é outro ponto positivo, é ótimo ler algo que poderia acontecer com qualquer pessoa. O impacto de cada descoberta e cada situação pelas quais os personagens passam me atingiu diretamente e, a cada página, ficava mais emocionada e fascinada pela vida dos dois. Um ótimo livro. Recomendo.
Sobre o livro:
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 410
Trailer do filme:
Adorei a resenha. É exatamente o que eu penso. Um livro que eu pretendo reler muitas vezes.
ResponderExcluirAmo esse personagens opostos, personagem que incomeda é o que mais te faz refletir, acrewdito que rir e chorar MUITO lendo este livro, acho que será minha próxima leitura!!! Adorei a resenha.
ResponderExcluirBjos
Dany, leia porque você vai amar!
ResponderExcluirÉ livro para reler sempre!
ResponderExcluirJá li um monte de resenhas desse livro e percebi que ele divide opiniões. Talvez o que incomode as pessoas seja essa verossimilhança que você falou, inclusive no qie diz respeito aos erros das personagens. Afinal, ninguém gosta de ver seus erros sendo jogados na cara. Kkk No mais creio que seja um ótimo livro pra nos deixar mais reflexivos.
ResponderExcluir@_Dom_Dom