quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Lemos na Fábrica: Agosto 2022

As leituras de Agosto foram muito boas. Como tinha comentado, a reforma me atrasou um bocado nas leituras, então não consegui ler tudo que tinha planejado para o mês. 

"O fantasma da ópera", Gaston Leroux:  Quarto livro do Clube do livro esse ano e eu queria ter curtido mais. O enredo é ótimo, as descrições do teatro e suas partes mais secretas também , especialmente quando esses segredos são tão ligados ao Fantasma. Cristine e Rauol me deram um cansaço de acompanhar. Sentia empatia principalmente por ela - como não ter sendo uma mulher no meio de uma sociedade tão machista - porém não foi o suficiente para gostar da personagem. Nem sei o que falar do Rauol de tão maçante que era. Então ficou a cargo do personagem título me prender na leitura, me deixar curiosa com os seus objetivos, com a forma que se movia pelo teatro sem contato com basicamente ninguém e como seria seu passado. E por ele valeu demais a leitura.


"A Saleta (Sociedade das Relíquias Literárias # 29)", Madeline Yale Wynne: Fiquei curiosa o tempo todo sobre "A saleta". Queria descobrir o mistério que envolvia esse ambiente, se tinha alguma forma de aviso ou consequência em vê-lo, como era a escolha ou condição para ter a oportunidade de vislumbrar o lugar, mas a autora nos enganou direitinho e foi bem divertido, confesso.


"Quatro poesias de Paul Lawrence Dunbar (Clube da Caixa Preta #23.2)", Paul Lawrence Dunbar: Poesia é algo que estou tentando sempre adicionar as minhas leituras e foi bom ter essa pequena amostra do Paul Lawrence. 


"O quase-homem (Clube da Caixa Preta # 24)", Richard Wright : Ler "O quase-homem" me fez pensar muito nos dias de hoje (mais especificamente no Brasil de hoje), onde possuir uma arma é uma forma de afirmar a masculinidade, como se  fosse uma extensão de si mesmo. No conto isso acontece com um adolescente negro, vítima de humilhações pelas quais ele só vê uma forma de combater, mas no presente momento esse tipo de atitude tem uma cor bem diferente e o estrago é bem maior. 


"Pequeno manual antirracista", Djamila Ribeiro: Minha escolha para a #LeituraPreta de Agosto! Finalmente li esse livro e gostei bastante do que encontrei. Algumas das observações feitas me parecem mais complicadas de seguir, mas sem esforço é nunca conseguiremos as mudanças sociais que precisamos, especialmente as pessoas pretas. É um escrito a ser revisitado e se refletir sempre. 



"Game - Jogo proibido #05", Mai Nishikata: Finalmente o quinto volume! Estava com medo da autora lidar com a separação de forma diferente, colocando a Sayo sentindo mais intensamente o rompimento, mas não está sendo assim. Claro que ela tem seus momentos de tristeza, porém ela se escolheu e sabe respeitar a si mesma. Ri um monte com a pessoa que se interessou por ela, eu nunca imaginei que o mangá iria por esse caminho. Agora quero ver o Kiriyama sofrendo um bocado. 



"1945", Keiko Ichiguchi: A autora constrói um enredo que se passa na época da Segunda Guerra e, além do próprio momento histórico, ela usa várias referências para enriquecer o mangá. O mais interessante é como temos duas visões da mesma época através de dois jovens que se amam, mas que são atingidos pelos acontecimentos de formas distintas. 1945 também conta com um texto da Valéria Fernandes @shoujofan que ajuda muito entender o contexto e as referências da obra.

Me contem sobre as leituras de vocês!

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