terça-feira, 21 de maio de 2013

MANGÁ: Bakuman

Monique Melo
"Mashiro herdou o talento do tio para o desenho, ele passava os dias no marasmo, sempre rabiscando em seus cadernos a imagem de Miho Azuki, a colega de classe por quem é apaixonado. Um dia, Mashiro esquece um dos desenhos na sala de aula, e quem o encontra é Akito Takagi, o melhor aluno da turma. O sonho de Takagi é se tornar um roteirista de mangá; por isso, ele convida Mashiro para fazer as ilustrações para suas histórias.
Mesmo sem muita empolgação com a ideia no começo, Mashiro acaba aceitando quando descobre que o sonho de Azuki é se tornar uma dubladora. Ele, então, faz uma promessa à menina: irá criar um mangá de sucesso, para que vire um desenho animado e seja dublado por Azuki. Mas, antes desse sonho se concretizar, os dois não poderão se encontrar!

Apesar da história de amor entre Mashiro e Azuki como pano de fundo, Bakuman é focado no mundo da criação de mangás, desde a idealização de um roteiro, criação de personagens, até o processo editorial, os prazos de entrega, e diversas curiosidades sobre o mercado de HQs no Japão, sempre fazendo inúmeras referências aos quadrinhos e autores reais. Aliado ao traço habilidoso de Obata, e ao roteiro muito bem construído de Ohba, a série não se limita apenas aos bastidores da criação de mangás, mas também mostra o amadurecimento dos protagonistas, seus sonhos e suas frustrações."

Meu relacionamento super dependente com este mangá começou depois que o Thyeri (Restaurante da Mente) me indicou o anime (ou seria ficou me enchendo o saco?). Comecei a ver e viciei. Depois de duas temporadas de 25 capítulos cada e ansiosa demais para esperar a terceira e última, fui atrás do mangá. E cá estou em pleno luto por que no volume 20 lançado no Brasil pela editora JBC, Bakuman chegou ao fim.

Em primeiro lugar, Bakuman foge um bocado do conceito distorcido que muita gente tem em relação a mangá: não é de luta. Pelo menos, não é um tipo de luta com murros, pontapés, superpoderes, enfim: a luta que interessa aqui é o esforço. Esforço para realizar seus sonhos.

O que mais me fascinou em Bakuman é a forma realista que ele descreve o mercado editorial. Desde a construção do enredo até a forma que a aprovação e posterior publicação é realizada, tudo é abordado conforme Takagi e Mashiro (sob o pseudônimo de Ashirogi Muto) vão vencendo (ou perdendo) etapas necessárias para que consigam realizar seus sonhos. Unido as suas aspirações profissionais, várias questões pessoais são abordadas, principalmente no setor romântico (a única coisa que achei idealizada demais).

Os personagens são ótimos! Além de bons protagonistas, os secundários são uma força a parte. Niizuma Eiji com certeza é uma figura engraçadíssima, mas que deve ser considera com grande atenção. Sua aparente inocência esconde um garoto que entende muito de mangá e que é um rival a ser batido. Como diria o Hattori, editor do Aishirogi Muto, ele é praticamente um paranormal do mangá.

Niizuma Eiji
Fukuda, Aoki, Hiramaru também são mangakás que, assim como os protagonistas, também sonham em viver de mangá. Certo, o Hiramaru nem tanto, ele quer uma vida calma, com luxo e que não precise trabalhar tanto. A relação profissional entre ele e seu editor rederam cenas muito engraçadas.
O traço do Obata é muito bom. Achei incrível como ele conseguia diferenciar o traço de cada mangaká que fez parte do anime, já que acompanhamos o desenvolvimento de cada história e a caracterização de alguns personagens. Também me impressionou a criatividade do Ohba. Quantas histórias diferentes ele imaginou para os mangás! Tiveram várias que eu adoraria que fosse realmente lançado. Também gostei do final da série que, embora sem surpresas, condiz com o desenvolvimento da história e com o amadurecimento dos personagens.

Mashiro e Takagi com 14 anos e com 24 anos.
Para quem acompanhou o mangá ou anime de Death Note (pasmem, eu nunca fiz nenhuma das duas coisas e estou esperando a edição de luxo que a JBC vai lançar para empobrecer enquanto conheço essa tão elogiada série), o talento do Tsugumi Ohba e do Takeshi Obata não é novidade, mas foi uma grata surpresa para mim. Bakuman é muito digno do dinheiro e do tempo que empreguei e espero ver mais coisas dessa dupla fantástica.

Sobre o mangá:
Bakuman
Série: 20 volumes (finalizado no Japão e no Brasil)
Roteiro: Tsugumi Ohba
Arte: Takeshi Obata
Editora brasileira: JBC
Páginas de cada volume: aproximadamente 200

Capas brasileiras volume 1 a 10

Capas brasileiras volume 11 a 20

4 comentários:

  1. Bakumaaaaaaaannnn!!!! O anime deixou saudades, mas ainda bem que eu tenho, ainda, os mangás para ler. Esses aí encima na foto...

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  2. Culpa toda sua, viu? kkkkkkkkkkkkk Ainda vai se aproveitar dos meus mangás, cara de pau...

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  3. Aqui está uma pessoa que não entende nada de mangás kkkkkkkkk

    Bjs, Kel - www.itcultura.com.br

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  4. kkkkkkkkkkkkk E aqui está um que acha que entende, mas só é uma fã doida! rsrsrs

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