Fabiana Araújo
Ruby é uma adolescente de 16 anos como outra qualquer.
Tímida, ela se esforça em passar despercebida.
Chamar atenção é tudo o que ela não quer. Sendo filha de pais separados,
a menina tenta administrar as emoções da mãe todas às vezes em que o pai
resolve dar o ar da graça. Essas aparições sempre acabam desestabilizando o que
ela e seu irmão tanto se esforçaram para manter. E assim ela vai vivendo. Até conhecer Travis, um garoto rico e bonito
que desperta a curiosidade de uma cidade inteira. Porém, essa atração pode não
ser um bom sinal e Ruby acaba se envolvendo em situações de grande perigo. Preocupada
com a filha Ann resolve intervir de um modo bem inusitado.
Parece mais uma estória do universo infanto-juvenil com os
mesmos ingredientes de sempre: garota certinha apaixona-se pelo cara errado e a
mãe tenta controlar o envolvimento não é verdade? Mas não é. Então o que
diferencia a estória? A resposta é simples: ‘Rainhas Caçarolas’! rsrs Acredite,
o livro seria bem comum se não fosse por causa desse grupo de discussão
literária. Eles são os responsáveis pelo ‘brilho’ do livro. Imagina participar
de um grupo de literatura e descobrir que conhece a protagonista do romance que
você esta lendo? Saber que tem a chance de fazer parte do enredo e mudar os
acontecimentos?
Outro ponto que me cativou bastante foram os personagens. Ruby,
embora tenha me irritado a maior parte do tempo, é dona de um sarcasmo que
surpreende e diverte o leitor. As cenas dela com seu irmão Chip Jr são bem
engraçadas. Os dois só perdem para Harold e Peach, que se provaram os idosos
mais ‘crianças’ do mundo. Adorei as discussões e peças que um pregava no outro
desde que apareceram na narrativa. Ann, a mãe, é outra personagem que passei a maior parte do
livro censurando. Tem dó de mim, Chip, o pai, é um idiota de marca maior. Eu
nunca xinguei tanto um personagem na minha vida. Que ódio. (Serio,era tanta
raiva que foi tenho certeza que deixaria o Hulk orgulhosa). Porem, embora ela
tenha me irritado bastante ela é uma daquelas mães que fazem toda a diferença
na vida dos filhos entende? Quando percebe que Ruby esta com problemas, Ann
tenta de todas as formas ajudar a filha a passar por tudo. Isso sem reprimi-la
ou impor sua vontade. Deb Caletti encontrou um modo bem único de trabalhar a
relação das mãe e filha sem censurar, ou criticar. Elas se ‘descobrem’ durante
o livro de um modo bem único. Adorei a troca e a mensagem que isso deixou pra
mim.
O diferencial do livro no entanto é o grupo literário , Rainhas da Caçarola, que a
autora inseriu no enredo. Um grupo de idosos com o qual Ann se reúne uma vez por semana para discutir
literatura muito prazeroso acompanhar as travessuras de alguns, o humor, ate
mesmo as limitações. Embora Deb aborde o assunto de maneira bem sutil a mensagem
que fica é que mesmo limitados fisicamente os mais velhos ainda tem uma vida,
podem amar, ensinar, se divertir...
O livro é curto, os capítulos pequenos e a narrativa bem
leve, dinâmica e divertida. Não é um daqueles livros que você termina e pensa:
‘Nossa esse livro mudou a minha vida!’ mas os personagens são bem cativantes e
divertidos que ele acaba ganhando um lugar especial no seu coração. Adorei
Booktrailer:
Sobre o livro:
Titulo: Meu amor, Meu bem, Meu querido
Autor: Deb Caletti
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 238
Adoro capítulos pequenos, acho que facilita bastante a leitura por não deixá-la pesada, sabe?
ResponderExcluirE achei bem legal o nome do grupo literário rsrs
O livro parece ser fofinho, espero ler em breve.
Bjs, Kel - www.itcultura.com.br
Comecei a ler o livro, mas tive que interromper para ler em outro momento, faço isso parta não abandonar nunca nenhum livro, porque sempre a tendência é me surpreender. Mas, passo a vez! rsrs
ResponderExcluirBjs