segunda-feira, 13 de maio de 2013

RESENHA: Meu Amor, Meu Bem, Meu Querido


Fabiana Araújo


Ruby é uma adolescente de 16 anos como outra qualquer. Tímida, ela se esforça em passar despercebida.  Chamar atenção é tudo o que ela não quer. Sendo filha de pais separados, a menina tenta administrar as emoções da mãe todas às vezes em que o pai resolve dar o ar da graça. Essas aparições sempre acabam desestabilizando o que ela e seu irmão tanto se esforçaram para manter. E assim ela vai vivendo.  Até conhecer Travis, um garoto rico e bonito que desperta a curiosidade de uma cidade inteira. Porém, essa atração pode não ser um bom sinal e Ruby acaba se envolvendo em situações de grande perigo. Preocupada com a filha Ann resolve intervir de um modo bem inusitado.

Parece mais uma estória do universo infanto-juvenil com os mesmos ingredientes de sempre: garota certinha apaixona-se pelo cara errado e a mãe tenta controlar o envolvimento não é verdade? Mas não é. Então o que diferencia a estória? A resposta é simples: ‘Rainhas Caçarolas’! rsrs Acredite, o livro seria bem comum se não fosse por causa desse grupo de discussão literária. Eles são os responsáveis pelo ‘brilho’ do livro. Imagina participar de um grupo de literatura e descobrir que conhece a protagonista do romance que você esta lendo? Saber que tem a chance de fazer parte do enredo e mudar os acontecimentos?


Outro ponto que me cativou bastante foram os personagens. Ruby, embora tenha me irritado a maior parte do tempo, é dona de um sarcasmo que surpreende e diverte o leitor. As cenas dela com seu irmão Chip Jr são bem engraçadas. Os dois só perdem para Harold e Peach, que se provaram os idosos mais ‘crianças’ do mundo. Adorei as discussões e peças que um pregava no outro desde que apareceram na narrativa. Ann, a mãe, é outra personagem que passei a maior parte do livro censurando. Tem dó de mim, Chip, o pai, é um idiota de marca maior. Eu nunca xinguei tanto um personagem na minha vida. Que ódio. (Serio,era tanta raiva que foi tenho certeza que deixaria o Hulk orgulhosa). Porem, embora ela tenha me irritado bastante ela é uma daquelas mães que fazem toda a diferença na vida dos filhos entende? Quando percebe que Ruby esta com problemas, Ann tenta de todas as formas ajudar a filha a passar por tudo. Isso sem reprimi-la ou impor sua vontade. Deb Caletti encontrou um modo bem único de trabalhar a relação das mãe e filha sem censurar, ou criticar. Elas se ‘descobrem’ durante o livro de um modo bem único. Adorei a troca e a mensagem que isso deixou pra mim. 

O diferencial do livro no entanto é o grupo literário , Rainhas da Caçarola, que a autora inseriu no enredo. Um grupo de idosos com o qual  Ann se reúne uma vez por semana para discutir literatura muito prazeroso acompanhar as travessuras de alguns, o humor, ate mesmo as limitações. Embora Deb aborde o assunto de maneira bem sutil a mensagem que fica é que mesmo limitados fisicamente os mais velhos ainda tem uma vida, podem amar, ensinar, se divertir...

O livro é curto, os capítulos pequenos e a narrativa bem leve, dinâmica e divertida. Não é um daqueles livros que você termina e pensa: ‘Nossa esse livro mudou a minha vida!’ mas os personagens são bem cativantes e divertidos que ele acaba ganhando um lugar especial no seu coração. Adorei 


Booktrailer:



Sobre o livro: 
Titulo: Meu amor, Meu bem, Meu querido
Autor: Deb Caletti
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 238

2 comentários:

  1. Adoro capítulos pequenos, acho que facilita bastante a leitura por não deixá-la pesada, sabe?
    E achei bem legal o nome do grupo literário rsrs
    O livro parece ser fofinho, espero ler em breve.


    Bjs, Kel - www.itcultura.com.br

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  2. Comecei a ler o livro, mas tive que interromper para ler em outro momento, faço isso parta não abandonar nunca nenhum livro, porque sempre a tendência é me surpreender. Mas, passo a vez! rsrs


    Bjs

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