Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton.
Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele.
Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite.
Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.
Este livro se passa mais ou menos no mesmo período que "Os segredos de Colin Bridgerton" e "Para Sir Phillip, com amor". Já sabemos de antemão que a Francesca ficou viúva e que não voltou pra a casa da família, por exemplo. E é um ponto positivo adicional a um livro que já me deixou animada desde o começo por ter um protagonista masculino que se apaixona primeiro, e por ele e seu interesse amoroso serem tão amigos e se darem tão bem. E, como gosto de drama, o fator John fez muito bem seu papel.
Que a família Bridgerton já não é exatamente muito normal para os padrões da época, todos sabemos. Francesca, que tão pouco aparece nos lvros anteriores, diferencia-se por ser mais independente da família, parece mais livre para tomar sua decisões, principalmente porque já fora casada. Essa liberdade poderia ser um fator ruim para ela, mas sua personalidade é calma, racional, discreta. Já Michael esconde seus sentimentos pela mulher no primo passando a imagem de conquistador e irresponsável. Foi divertido ver os dois sedendo ao que sentiam, assim como doloroso ver as etapas pelas quais precisavam passar para o relacionamento dar certo.
Quase não temos a Violet, a mãe mais persuasiva e esperta de Londres, mas para lhe representar temos meu irmão Bridgerton favorito, Colin. Ele se mostra bem mais esperto e perceptivo do que aparenta, e suas intromissões foram a força que Francesca e principalmente Michael precisavam para encararem o relacionamento. Claro que ele fazia isso com seu jeitinho todo especial e sarcástico, dando nos nervos do Michael e nos presenteando com boas gargalhadas.
A narrativa da Julia Quinn nunca me decepciona e, embora não apresente grandes novidades, sempre é bem escrita e proporciona as doses certas de romance, sensualidade e bom humor, além da sempre presente crítica a sociedade da época. Senti muito a perda da coluna de fofocas em todo início de capítulo, mas as cartas nem sempre enviadas de Francesca e Michael foram uma substituição digna e enfatizou os sentimentos de ambos. O casal me conquistou e se tornou o segundo na minha preferência dentro da série (claro que meu preferido é o Colin e Penelope). O próximo livro é da Hyancith,a minha irmã Bridgerton menos amada e eu conto o que achei na próxima resenha.
Sobre o livro:
ISBN: 9788580414400
Série: Os Bridgertons
Volume: 06
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 304
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