Aos 16 anos, Simon Spier (Nick Robinson) não é abertamente gay, preferindo guardar seu drama para o musical da escola. Um dia, um dos seus emails acaba caindo em mãos erradas, colocando em risco o seu segredo. Simon começa a ser chantageado. Ele deve ajudar o `palhaço´ da classe a sair com a garota de quem gosta ou terá sua homossexualidade exposta junto com o nome do garoto com quem estava conversando.
Sou simplesmente uma expectadora fã do livro, então não sou a pessoa certa para falar de qualidade, mas serei enxerida e vou focar nas minhas impressões como leitora que gosta de ver adaptações. E sendo sincera, por mais que amasse a história do livro, sempre vem aquele medo da adaptação não estar a altura do enredo original ou que não consiga passar as mesmas emoções. Não acontece isso em "Com amor, Simon".
Claro que algumas coisas são abreviadas e não aprofundadas, estamos falando de outro tipo de mídia, e o desenvolvimento é tratado de forma diferente e mais rápida. Então, os emails trocados entre Blue e Simon não nos chega com a mesma força, nem acompanhamos como Blue vai percebendo e descobrindo quem é Simon, mesmo quando ele está sobre o nome de Jacques.
Mas isso em nada atrapalha o significado nem o recado que o filme passa. Me emocionei da mesma forma, fiquei triste com algumas atitudes, além de feliz cada vez que Simon progredia em ser ele mesmo. E não consigo acreditar em quem não ficou em lágrimas com a conversa entre pai e filho. Aliás adoraria ter mais cenas entre Simon e os pais.
O filme foi divertido na maior parte do tempo, tratando o dia a dia de Simon como o garoto comum que ele é, então temos sim festas, idas a escola e lanchonetes, conversas (maravilhosas) com os amigos e o filme cativa por mostrar essa vida normal dele, só com o empecilho de ainda não ter contado a ninguém que ele é gay. Muito válido o questionamentos de Simon no sentido de saber sim quem ele é, mas ter receio de como as pessoas próximas o enxergarão. É basicamente a parte mais dramática, porque, ao contrário do que acostumamos ver nos filmes onde LGBTQ são protagonistas, aqui temos o lado mais leve e divertido, não trágico e triste de tantos filmes com essa temática.
Sou somente uma expectadora, como disse acima, e por esse motivo sou completamente suspeita em falar do elenco, mas eu achei que as escolhas foram bem feitas e todos se sairam muito bem. O filme não é perfeito, mas entrega o que promete, sendo engraçado e emocionante dos momentos certos, e me deixou feliz por ter a oportunidade de assisti-lo. Vocês também deveriam conferir.
E teve pedido de casamento na sessão que participei, lindo o que o rapaz falou para o namorado, foi muito legal presenciar o momento.
Obrigada a Intrínseca pela oportunidade.
Sobre o filme:
Título original: Love, Simon
Diretor: Greg Berlanti
Duração: 109 minutos
Ano: 2018
Sobre o filme:
Título original: Love, Simon
Diretor: Greg Berlanti
Duração: 109 minutos
Ano: 2018
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