Dificilmente minhas leituras de Novembro serão uma novidade para quem viu meu resultado do #BingoLitNegra, porém tenho algumas poucas adições. Vamos lá?
"Sula", Toni Morrison: Sula é o segundo livro da Toni Morrison que leio e já posso dizer que ela nunca traz histórias leves, mesmo quando o enredo se mostra despretensioso. Comecei a ler esperando me deparar com um enredo forte e que me fizesse refletir, e foi exatamente o que ocorreu. A liberdade da mulher é um dos temas mais fortes e a autora não mostra como a sociedade na década de 20 lidava com mulheres como Eva, Hanna e Sula. Resenha aqui.
"Socando o ar", Ibi Zoboi e Yusef Salaam: Socando o ar tem um enredo forte, doloroso e cheio de nuances da vida de um jovem negro dentro de uma sociedade racista. Fiquei tocada com cada aspecto errado da "justiça" que fazia Amal sofrer, em especial as tentativas de tirar tudo o que o motivava a viver durante a prisão injusta. Ibi Zoboi e Yusef Salaam conseguiram passar todos os sentimentos e podemos observar muito da própria experiência traumática de Salaam (um dos Exonerados do Central Park) na vivência do Amal. Resenha aqui.
"A sacerdotisa (Saga Elementos #02)", Giu Pereira: Segundo volume da Saga Elementos me prendeu do início ao fim. A noveleta consegue desenvolver plot e personagens muito bem e me vi torcendo muito por cada um deles. Demétria se destaca com a força e serenidade necessárias para seguir um caminho tão difícil. Logo lerei o terceiro.
"Luxúria", Raven Leilani: Ainda não sei muito o que pensar sobre o livro - por isso a demora em postar resenha - só penso que ele foi escrito para incomodar e nos fazer refletir sobre os temas que causam esse incômodo. A diferença racial está presente, a hipocrisia da sociedade também e isso me agrada. Porém tenho minha dúvidas sobre os personagens... Logo conto mais.
"De tolos e sábios (Clube da Caixa Preta # 15)", Leila Amos Pendleton: O conto de novembro do #ClubeDaCaixaPreta foi De tolos e sábios e nos conta a história de Cleóprata. Podemos até pensar, num primeiro momento, que não terá nada de novo, porém a autora nos apresenta Cleóprata como a pessoa nascida no continente africano e sem o apagamento racial e apropriação cultural tão presentes até hoje. Me encantou mais por esses aspectos do que pela história em si.
"Akira #05", Katsuhiro Otomo: No quinto volume de Akira tudo está um caos e com margem para piorar. Manda está de volta, mas Kei não consegue aproveitar muito esse fato, pois descobriu ser parte fundamental para parar o Tetsuo e Akira. É um ponto que eu amei, pois não tinha lembrança da importância dela nisso tudo. Outra coisa que me chamou atenção foi darem mais espaço para mostrar a interferência externa (sempre tu, EUA) e como geralmente piora o que já está bem ruim. Agora estou empolgada para o último.
"Akira #06", Katsuhiro Otomo: Ler Akira foi certeza de ação do início ao fim. Toda a jornada de Kei, Kaneda e Tetsuo foi tortuosa, com perdas e escolhas difíceis, mas cada um desempenhou seu papel. Até Akira tinha uma função específica e conseguiu, junto aos seus colegas, concretizá-la. Mesmo com toda a seriedade que os temas pedem, consegui dar muita risada com o Kaneda, torcer por certo casal e aproveitar a ironia de determinadas situações. É um enredo que sempre revisitarei.
E vocês? O que estão lendo?
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