O grande diferencial é que a aventura de Shasta e Bri não começa em Nárnia e isso perdura praticamente pelo livro todo. Conseguimos mais vislumbres do dia a dia de outros países e, como consequência, qual o relacionamento deles com Nárnia e seus reis e rainhas.
Bri, o cavalo, me fez ter pensamentos conflituosos sobre ele durante toda a história: ora ficava admirada com sua honra e sabedoria, depois achava que tudo que falava era mais para se sobressair diante de Shasta e em benefício próprio. Shasta é o personagem que mais surpreende, passando por vários percalços, e sua origem e destino são grandes destaques.
O que ficou de mais marcante dessa história foi como o autor passou a ideia de humildade e busca de sabedoria, assim como mostrou que podemos esperar grandes feitos das pessoas menos indicadas. Além de inserir temas fortes como escravidão, venda de crianças e diferenças entre classes sociais.
Temos Edmundo, Suzana e Lucia já adultos, e o governo de Pedro como Grande Rei, mesmo que a participação seja pouca. Infelizmente não estou curtindo como o autor está caracterizando a Suzana, dando um aspecto mais fútil, o que particularmente não vejo na personagem, a qual que me parecia até então prática e preocupada.
Em termos de ritmo, foi meio cansativo, demorou demais pra acontecer algo que animasse realmente. Não consegui fazer paralelos com a Bíblia desta vez, mas continuo achando que alguém com mais conhecimento sobre o assunto provavelmente teria algo pra indicar. O próximo livro é o mais aguardado por mim: Príncipe Caspian.
Sobre o livro:
O cavalo e seu menino
ISBN: 9788533616158
Série: As crônicas de Nárnia
Volume: Único
Livro: 03
Autor: C. S. Lewis
Editora: Martins Fontes
A série:
03. O cavalo e seu menino
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