Eu posso resumir meus últimos meses do ano com a seguinte frase: fiz meu mínimo e ele foi meu máximo. Brincadeiras a parte, me apeguei a livros com menos páginas para sair do canto, porque nada rendia.
"A Verdadeira História de Sasuke - Alvorada (Naruto - Novels # 9)", Masashi Kishimoto e Takashi Yano: Finalmente li um dos volumes mais aguardados por mim das novels de Naruto: Sasuke Shiden! Gostei demais da reflexões que ele faz sobre as escolhas do passado e como pode se redimir delas, as atitudes dele evidenciam essa determinação. Também me agradou ver a resistência dele em formar conexões, fruto das perdas pelas quais Sasuke passou, e ainda sim sentir falta dos amigos que deixou em Konoha. Ele sempre lembra de algo sobre eles durante a jornada e várias referências a Naruto e Sakura são feitas. Ler sobre uma parte desse caminho de redenção do Sasuke deixa mais clara as escolhas dele como adulto e foi uma leitura que curti bastante.
"La muerte (Benedetti Singles #8) (Colección Benedetti Singles #8)", Mario Benedetti: Lendo em espanhol para não esquecer o que aprendi e também assimilar mais conhecimento. O conto é uma ótima forma de pensar a morte e como saber a gravidade de um problema e encarar o resultado disso são processos difíceis de absorver.
"O Conde Esqueleto (Sociedade das Relíquias Literárias # 43)", Elizabeth Caroline Grey: Um ótimo conto para o mês das bruxas. Cheio de elementos fantásticos e de horror, duas pessoas amaldiçoadas sendo uma por opção e a outra por capricho da primeira. O final é um tanto apressado, mas faz jus a trama.
"Amêndoas", Won-pyung Sohn: Então, eu fui ler com a maior empolgação de tantos elogios que escutei, mas acabei achando bem comum. Sim, tem partes emocionantes e pensar como era difícil para Yunjae passar pelas situações e não sentir o que era esperado rendeu muita empatia por sua situação, principalmente ver como ele ficou sozinho. Mas não fui impactada, o enredo não conseguiu me cativar, além de achar algumas coisas bem apressadas.
"Não vai acontecer aqui", Sinclair Lewis: Penúltima leitura do ano do Cube do Livro me fez sofrer bastante para terminá-la. É um enredo pesado, com situações que sempre acreditamos que não vai acontecer aqui e que, quase sempre, acontece sim. Até uma parte do livro eu estava sem pegar nem levar a sério para onde o autor queria direcionar a trama, mas um evento específico virou a chave e tornou o assunto muito mais palpável. Tem tanta similaridade com a política de maior parte do mundo que conseguimos construir várias pontos com o cenário atual. Valeu a pena a leitura, apesar de não querer repetir a dose.
"Todo lo que necesito existe ya en mí", Rupi Kaur: Ouvi o audio book em espanhol e foi muito bom treinar a escuta, como ter novamente contato com um livro que reforça o quanto a mulher é massacrada pela sociedade, principalmente se ela for estrangeira na América do Norte.
"Carne de caça (Clube da Caixa Preta # 38)", Eugene Gordon: O conto do mês do clube foi um misto de emoções. Ao mesmo tempo que entendemos a relação complicada dos protagonistas, também sentimos empatia pelo marido já que as exigências da esposa são difíceis de atender. Meus sentimentos foram contraditórios sobre a atitude final do marido: foi cruel e ele descontou a frustração em quem não podia se defender, mas eu dei risada com a ironia da situação.
"Noragami #26", Adachitoka: Noragami está no arco final e a trama está tão boa quanto triste. A cada volume sabemos mais sobre o usuário, as motivações dele e como Yato se encaixa nisso tudo. É um tanto desesperador ver que suas atitudes ressoam em muitas vidas e de uma forma devastadora. Adachitoka sabe trabalhar bem isso e as escolhas que Yato, Kazuma e Hiyori precisam fazer são bem perigosas. Tudo que envolve o passado do Yukine é doloroso e sensível. Eu amo como o Yato, sempre parecendo despreocupado, atrapalhado e exagerado, tem gentileza e sensibilidade para lidar com os sentimentos do Yukine mesmo nos piores momentos. Agora estou num misto de ansiedade e medo pelos últimos volumes porque não vejo resolução sem grandes consequências para todos.
"Cardcaptor Sakura - Clear Card Arc #11", CLAMP: Kaito parece chegar cada vez mais perto de algum ponto de ruptura e é triste como vemos a Akiho um tanto alheia a tudo que acontece. Como não amar o Touya? A forma que ele deixa a Sakura seguir o caminho dela e, ainda sim, faz o possível para proteger é muito legal. Ele também já ama o Shoran, mesmo tendo ciúme e isso é divertido demais. O final do volume foi daqueles de ansiar pelo próximo e não vejo a hora de entender qual é exatamente o motivo do Kaito para tudo isso.
"Os Cavaleiros do Zodíaco - Next Dimension - A Saga de Hades #04", Masami Kurumada: já devo ter comentado, mas se tem uma coisa que ne anima com Next Dimension é o comportamento mais confiante do Shun. Ele não deixa de ser o personagem que conhecemos, só mostra um lado mais maduro depois de tantos desafios. A amizade que está desenvolvendo com o Tenma é muito boa de acompanhar e, atrelada aos questionamentos sobre o antigo mestre do cavaleiro de pegasus da guerra Santa anterior, tem base para acontecimentos interessantes. Hyoga voltou numa hora muito necessária para o Seiya e quero ver como a trama vai se desenrolar.
"Os Cavaleiros do Zodíaco - Next Dimension - A Saga de Hades #05", Masami Kurumada: O cavaleiro de gêmeos tem seu embate com Suikyo. Ainda que os dois cavaleiros sejam personagens ambíguos isso ocorre de forma diferente. Enquanto Suikyo parece esconder algo e tem algumas atitudes contraditórias, Gêmeos tem duas personalidades em colisão. Isso não somente confunde os oponentes como a ele mesmo. Tenma e Shun precisam passar pelo cavaleiros de Câncer e olha, a única versão onde ele presta é em The Lost Canvas! O homem para ser desprezível. Isso torna mais interessante de acompanhar os obstáculos que os cavaleiros de bronze precisam superar e muda um pouco em relação a passagem pelas 12 casas original
"Os Cavaleiros do Zodíaco - Next Dimension - A Saga de Hades #06", Masami Kurumada: Ikki apareceu e, claro, tinha que dar de cara com o Cavaleiros de Gêmeos. Como era de se esperar ele tem os próprios métodos e nenhuma paciência para a batalha, mesmo quando está em desvantagem. Tenma e Shun não conseguem decidir se devem ou não se dividir para avançar no santuário e acabam encontrando o Cavaleiros de Leão. Ao mesmo tempo que achei muito legal inserir um elemento novo, achei também um pouco bobo porque o Kaiser não dava atenção real ao nosso inusitado amigo. Quero só ver como vai ficar as lutas nas casas restantes
E vocês? O que estão lendo?
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