sábado, 2 de dezembro de 2023

#BINGOLITNEGRA 2023: Resultado


Chegou ao final minha quarta participação no #BingoLitNegra idealizado pela autora Solaine Chioro. Gente, acho que foi a primeira vez que li o que pretendia sem fazer nenhuma alteração! Fiquei chocada comigo mesma, não esperava que cumpriria do início ao fim, principalmente porque minha vida ficou ainda mais corrida na segunda metade de Novembro.


Como de costume vou fazer breves comentários sobre as leituras. Não estará na ordem de leitura, mas sim dos itens da coluna que escolhi.


Africano: O mundo se despedaça (Chinua Achebe) foi uma leitura que imaginava ser difícil de fazer, mas que se mostrou muito acessível. Os costumes de algumas comunidades ibo tem destaque no enredo focado em Okonkwo, a infância difícil e a luta dele para ser importante. Temos atitudes questionáveis, um anti herói e um vilão bastante definido no homem branco com a imposição de religião e a civilidade que eles definiam como a correta. Estou organizando minha ideias para fazer resenha, mas estou feliz de ter lido um autor tão importante para a cultura nigeriana.


Fantasia ou ficção científica: Semente Originária - O Padronista # 1 (Octavia E. Butler) fez valer a pena cada segundo lendo. Ancestralidade, tradições e costumes, raça, convenções, crenças e o que nos faz humanos são temas recorrentes e me vi envolvida pelos personagens, torcendo por suas vidas, mesmo quando não se tinha esperança e entendendo muito das dores da Anyanwu, ainda que nunca tenha passado por 90% do que ela passou. Foram quase 400 páginas lidas nos 4 últimos dias do Bingo e, mesmo assim, não achei corrido de tão boa que é a escrita da Octavia.


Espaço livre: História de leves enganos e parecenças (Conceição Evaristo) foi meu livro de abertura do Bingo e comecei muito bem como vocês podem perceber pela resenha. Conceição Evaristo sabe mesclar assuntos, dar um tom fantástico a eles enquanto nos mostra a importância deles, assim com a injustiça dos acontecimentos. Ler a autora é sempre um grande acerto.


Juvenil ou jovem adulto: Nunca vi a chuva (Stefano Volp) foi minha terceira leitura e esse enredo foi uma revisita, já que li a versão idependente dele ano passado. O Volp sabe acessar nosso coração e não tem pena de estilhaçar ele. Gosto demais dos temas que ele aborda como doenças mentais, deficiência, adoção. É sempre um prazer ler o autor, mesmo quando ele me faz chorar.


Autore independente: Quando te deixei (Yana Sofia) foi minha penúltima leitura do Bingo. Muito potencial, questões importantes e interessantes em relação a família, assédio e raça. Seria ótimo uma revisão, ajudaria bastante a aprofundar alguns temas, mas sabemos que é um serviço caro para quem está começando.

Feliz em terminar mais um desafio e ainda ter colocado três autores brasileiros nas minhas escolhas. Foi ótimo participar e pretendo repetir a experiência ano que vem!

Mais sobre as minhas outras participações no bingo aqui.

Leram algum desses livros?

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