RESENHA: Artemis Fowl – O Complexo de Atlântida

Monique Melo 

Pense em magia. Pense duas vezes.

Algo terrível aconteceu a Artemis Fowl II: ele virou bonzinho. As criaturas diagnosticaram o Complexo de Atlântida, uma doença que provoca comportamento obsessivo-compulsivo e múltiplas personalidades, um efeito colateral por ter mexido tanto com magia. Agora, a cidade submarina de Atlântida está sob o ataque de robôs malignos e o novo Artemis bonzinho não consegue lutar contra eles. Será que sua aliada, a capitã Holly Short, conseguirá trazer o verdadeiro Artemis de volta - antes que esses robôs misteriosos destruam a cidade e todas as criaturas que vivem lá?

Passado dois anos desde o último lançamento da série aqui no Brasil, chega o sétimo volume da série Artemis Fowl! Estava mega curiosa para ler O Complexo de Atlântida e não me desapontei! Cada vez mais Eoin Colfer elabora seu enredo de forma concisa, explorando diversas nuances dos personagens e até mesmo das atitudes dos vilões.

“- Essa aventura foi diferente, Holly.” – Artemis Fowl, página 374

É, Artemis, você tem razão. Essa aventura foi diferente em muitos sentidos. É difícil imaginar um dia em que Artemis não confiaria em Butler e chegaria ao de ponto de enganá-lo. Mas ele não pode controlar sua paranóia, afinal o jovem Fowl está sofrendo do Complexo de Atlântida e, além de desconfiar de todo mundo, está obcecado pelo número 5 e seus múltiplos.

Com Artemis tão vulnerável, foi a vez de Holly, Potrus, Palha, Butler e Juliet se virarem sozinhos e tentar solucionar os problemas que se apresentavam sem piedade em seus caminhos enquanto tentavam lidar com uma pessoa de comportamento singular: Órion. Entre declarações românticas, robôs enlouquecidos e uma sonda espacial pronta para destruir a cidade submersa de Atlântida, os amigos de Artemis farão tudo para fazê-lo voltar ao normal e não deixar que um antigo inimigo do Povo das Fadas fique impune.

Foi agradavelmente estranho não ter um plano genial do Artemis para resolver todos os problemas. Acho que deu mais movimentação e importância para os outros personagens e isso rendeu boas cenas de ação. Mesmo o Artemis teve seus momentos onde agir importava mais que planejar. Embora lá no final, a combinação de planejamento mais execução tenha funcionado de forma brilhante.

Claro que teve muitos momentos de humor, característica indispensável da série e admito que parei a leitura em alguns momentos porque Palha me fez rir alto! Não controlei a risada enquanto ele gritava “Eu sou a noz!” (vocês entenderão quando ler).

Outra diferença em relação aos livros anteriores é que mesmo se tratando de uma série, cada assunto proposto iniciava-se e terminava no mesmo livro. Claro que tinha referências aos livros anteriores, mas não deixava assuntos inacabados como no Complexo de Atlântida, onde é impossível não se perguntar o que acontecerá com Artemis. 

Dizer que adorei e que recomendo o livro é suspeitíssimo, eu sei. Da mesma forma que é redundante informar que vou ficar ansiosa (e ligadíssima) pelo oitavo livro da série, ainda não lançado no exterior. Enquanto isso, fico na expectativa e na esperança que a série não decaia e o Eoin Colfer continue com a mesma qualidade apresentada ao longo dos sete livros lançados dessa mágica série.

Sobre o livro:
Artemis Fowl – O Complexo de Atlântida
Série: Artemis Fowl
Autor: Eoin Colfer
Ano: 2011
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Primeiro capítulo: AQUI
Site: AQUI
Capas:

Capa EUA

Capa Irlanda

Capa Especial 10 anos

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