RESENHA: Série Anita Blake: Vampire Hunter

Guilherme Magalhães

Sempre passei pelos livros da série pensando “Credo”. Achava os nomes estranhos (Os livros são: “Prazeres Malditos”, “O Cadáver Que Ri” e “Circo dos Condenados”. Nessa ordem.) e, apesar de sempre ter gostado da arte das capas, não tinha animado de ler, até que me emprestaram o primeiro.

Anita Blake é o tipo de personagem com o qual você pode se identificar. Ao escrever os livros, Laurell K. Hamilton tomou o cuidado de não idealizar seus personagens (um erro cada vez mais comum nos livros de hoje). Os personagens dessa série têm muitos defeitos: cicatrizes, falhas de caráter... mas isso é importante quando se tem uma alma. Personagens que não pensam duas vezes antes de se sacrificar por qualquer um não parecem humanos. Quando você tem personagens que lutam para sobreviver em todas as situações, com todas as forças, você percebe a diferença. Você se identifica de cara. E para melhorar, o sarcasmo é um elemento sempre presente.

A série se passa em uma realidade alternativa em que monstros como vampiros, zumbis, lâmias e licantropos (que nos livros não viram apenas lobos, mas toda sorte de animal) sempre existiram, e a humanidade sempre soube deles. Mas esses monstros nem sempre se comportavam de boa forma, assim, a presença de exterminadores se fazia necessária. Anita Blake é uma dessas. E é tão boa no que faz, que os vampiros a conhecem por “A Exterminadora”.

Além de matar vampiros, Anita tem um trabalho fixo de animadora, o que quer dizer que ela consegue ressuscitar os mortos por um período curto de tempo (sim, ela faz zumbis!). Além disso, ela ainda ajuda nas investigações da polícia no campo sobrenatural – que quase sempre resultam em um mandato permitindo que ela elimine algum vampiro.

A história toda da série começa quando Anita é contratada – através de chantagem – pela vampira mais poderosa da cidade para descobrir quem é que está matando vampiros ocasionais. Através de suas pesquisas, Anita descobre que os vampiros são mortos por zumbis, mas um zumbi não mataria um vampiro se não fosse ordenado a fazer isso; então, fica claro para ela que alguém está comandando um zumbi para fazer isso, o que coloca alguns colegas de profissão (outros animadores) sob suspeita. Além disso, ela tem que lidar com o interesse pessoal da vampira poderosa em fazê-la sofrer e com um vampiro muito bonito (Claaaaro que tinha que ter um! Aff...) que está particularmente interessado nela – que atende pelo nome de Jean Claude.

A série é boa para dar uma pausa nas heroínas indefesas, confusas e extremamente altruístas que estão se reproduzindo a uma velocidade alucinante hoje em dia; Anita pensa por si, sabe se defender, e realmente se defende. Ela tem um orgulho a manter... bem, em suma, ela é mais humana. E é por isso que o leitor se identifica com ela, e se sente preso ao livro até o seu fim. Nada como se enxergar no personagem para te manter querendo saber o que vai acontecer com ele.

Vinte livros já foram escritos e publicados nos Estados Unidos, e três já foram lançados no Brasil, pela editora Rocco. Bom... agora só nos resta esperar pelos próximos, que, confiando na habilidade que a autora demonstra, com certeza valerão a espera.

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Série Anita Blake: Vampire Hunter
Títulos em Português: “Prazeres Malditos”, “O Cadáver Que Ri” e “Circo dos Condenados”.
Autora: Laurell K. Hamilton
Editora: Rocco