terça-feira, 1 de maio de 2018

RESENHA: O Conde de Monte Cristo

Traições, denúncias anônimas, tesouros fabulosos, envenenamentos, vinganças e muito suspense. A trama de O Conde de Monte Cristo traz uma emoção diferente a cada página e talvez isso explique porque a obra do escritor francês Alexandre Dumas se transformou em um clássico da literatura mundial, mexendo com a imaginação dos leitores há mais de 150 anos.
No romance, o marinheiro Edmond Dantés é preso injustamente, vítima de um complô. Anos depois, consegue escapar da prisão, enriquece e planeja uma vingança mirabolante. A galeria de personagens criada por Dumas faz um retrato fiel da França do século XIX, um mundo em transformação, em que passou a ser possível a mudança de posições sociais. As aventuras de Dantés ainda ganharam diversas versões cinematográficas que colaboraram para o sucesso da trama.

Nunca imaginei que ia gostar tanto da leitura! Quando foi escolhido para o clube do livro, só conseguia pensar que eram mais de 1600 páginas para ler e fiquei bem assustada. O que eu não sabia, e se tornaria minha maior surpresa, é que a escrita do Dumas envolve o leitor desde a primeira página.

Dumas soube dosar bem as informações e acontecimentos durante as seis partes que compõem a história de Dantès. Desde seu inicio mais despreocupado, porém responsável, até toda a trama para que fosse incriminado, o autor deu o tom certo ao personagem. Quando temos o Conde em ação, com sua inteligência, versatilidade e dureza, é palpável como cada ação vem com a tensão necessária para atingir quem lê e transmitir a mudança pela qual o protagonista passou.

As etapas de sua vingança vão se completando aos poucos e durante esse processo muitos personagens fazem parte dos seus planos. Alguns são usados unicamente como degraus para ele avançar, porém outros tem papéis decisivos. Entre eles, eu gostei demais da família Morrel, Mercedes e até de alguns mais improváveis como Albert e Andreas. E vale citar como os outros são imprescindíveis e interessantes como Villefort e seu pai (quanta força no olhar! Sim, é uma piada, mas quem leu vai entender), o conde de Morcef, Haydee...

Alguns momentos foram bem emocionantes, em especial quando o Conde descobre sobre o destino do pai, além dos encontros com a família Morrel, que sempre faziam o conde se revelar um pouco mais como era antes de toda maldade da qual foi vítima. 

E não senti o passar das páginas de tão envolvida que estava com o desenrolar dos fatos. Interessante ter um início onde estamos torcendo para o Conde conseguir sua tão sonhada vingança para já próximo do final, entendermos a verdadeira dimensão e extensão das consequências e começarmos a pensar se ele não está passando dos limites.

A resenha com certeza está aquém do meu objetivo porque é tanta coisa interessante para se comentar e eu gostei tanto, mas acho melhor não contar muito e deixar vocês se surpreenderem como eu, já que Alexandre Dumas foi uma surpresa extremamente boa. O autor tem uma obra extensa que já está na minha lista e a qual pretendo sempre dar atenção.

Sobre o livro:
ISBN: 9788537808276
Autor: Alexandre Dumas
Editora: Zahar
Ano: 2012
Páginas: 1663

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