Não tenho o que reclamar de Abril, li um bocado e enredos muito diversos e interessantes. Tive algumas decepções? Sim! Mas faz parte. Vamos lá?
"Kim Jiyoung, nascida em 1982", Cho Nam Joo: Estava a espera do livro desde que o filme foi lançado. Tinha esperança de ler em português e finalmente o fiz. Kim Jiyoung, nascida em 1982 não é somente o retrato da mulher sul coreana e as pressões e injustiças exercidas pela sociedade. Tudo que acontece com ela acontece também conosco no Brasil, com algumas diferenças culturais, mas que estão presentes em igual força e causam os mesmos males. Foi uma leitura pesada, necessária e que nos leva a observar de outra maneira nossa própria realidade. Resenha
aqui.
"Se a rua Beale falasse", James Baldawin: Para a #LeituraPreta de Abril escolhi Se a rua Beale falasse do James Baldwin. Meu primeiro contato com a escrita do autor começou com estranhamento, mas logo fiquei envolvida pelo drama de Tish e Fonny, e os esforços das famílias deles em provar a inocência do rapaz. O autor não foge de tratar temas pesados e que definem muitas vidas de pessoas negras também foi um fator positivo na leitura, apesar de toda a injustiça que envolve os acontecimentos. Resenha aqui.
"Robinson Crusoé", Daniel Defoe: O #ClubeDoLivro do mês foi sobre #RobinsonCrusoé e não foi das melhores leituras que fiz. É interessante a jornada dele, todos os esforços para tornar sua estadia na ilha viável, gostei também quando ele reflete sobre religião. Porém pra mim foi demais o viés colonialista (não tinha como ser diferente para a época em que foi escrito), a hipocrisia dos pensamentos religiosos e de bondade, além das infinitas descrições. Entendo porque foi um sucesso na época e porque é um clássico sempre revisitado, mas não funcionou para mim.
"O Rojão Notável (Sociedade das Relíquias Literárias # 25)", Oscar Wilde: Conto inteligente e divertido! Amei com Oscar Wilde conseguiu mostrar toda a soberba do Rojão ao mesmo tempo que evidenciava a falta de importância dele dentro do contexto. Ri com cada palavra cujo conceito o Rojão mudava para dizer exatamente o que ele desejava. Foi uma leitura muito boa.
"O blues que eu vivo (Clube da Caixa Preta # 20)", Langston Hughes: O conto de Abril do
#ClubeDaCaixaPreta nos fala sobre dedicação a arte, assim como trata de um assunto que incomoda: o direito que as pessoas acham que tem sobre indivíduos que são ajudados por elas. Aqui temos um agravante no contexto: uma mulher branca que ajuda uma pianista negra e tenta impor sua visão de mundo a protegida. O que mais me tocou no conto é o quanto os acontecimentos são reais, afinal é quase sempre assim que as coisas acontecem. Embora tenha as mesmas desconfianças da Sra. Ellsworth a princípio, não conseguia concordar com as decisões que ela tentava fazer por Oceola. O autor teve bastante delicadeza em expôr esses problemas, principalmente quando faz referência ao Blues.
"Cavaleiros do Zodíaco - Kanzenban #22", Masami Kurumada: Último volume do mangá e gostei no geral das resoluções, só achei um tanto corrido. Em outros momentos imagino que seria mais detalhado, mas foi bom ter a Saori sendo mais protagonista no conflito em especial porque foi mais emocional para todos eles. Me diverti muito acompanhando o mangá e revivendo toda a nostalgia da época do anime, valeu demais.
"Noragami #24", Adachitoka: Noragami está me deixando desesperada pela condição do Yukine. Ele parece estar ainda mais próximo de um ponto que não terá mais volta e fico imaginando como isso será resolvido. Embora o Yato tente a todo custo derrotar o pai, as coisas não são fáceis e ele se esforça cada vez mais. Enquanto isso Hiyori continua tentando ajudar, assim como os amigos do nosso trio principal estão em busca de uma solução. Essa movimentação em várias frentes me agrada demais porque mostra como a resolução está ligada a um trabalho conjunto, mesmo sendo primordial derrotar o usuário. Gosto também das dinâmicas entre personagens que não esperávamos ter tanta interação. Doida pra saber os próximos passos.
"Platinum End #13 e #14", Takeshi Obata e Tsugumi Ohba: T Ainda tentando tirar algo bom do final do mangá, porque até agora não entendi para que serviu a jornada de Mirai, Saki e os outros... Foi por alguns momentos de felicidade? Foi entender o valor da vida? Entendo a importância, vejo até beleza nesse pensamento visto o que os dois, Mirai e Saki, passaram e como foi difícil ter amor a própria vida. Só que eu esperava mais já que tinha melhorando o enredo, porém os últimos volumes de
#PlatinumEnd não convenceram.
"My broken Mariko", Waka Hirako: My broken Mariko é uma leitura bem pesada, não só pelos temas abordados, como também pela identificação que pode trazer ao leitor, acho que todo mundo conhece quem passou por pelo menos uma das coisas sofridas por Mariko. O sentimento de perda experimentado por Tomoyo, a revolta por tudo que a amiga sofreu e o desejo de dar um lugar de descanso merecido a ela comove e é doloroso. A arte reforça esse aspecto, me parecia mais forte nas partes mais desesperadas e delicada nas mais emocionais.
"Heartstopper - Boy Meets Boy (Heartstopper # 1)", Alice Oseman: Li para poder assistir a série e fiquei apaixonada! Alice Oseman desenvolve o relacionamento de Nick e Charlie de uma maneira real, romântica e com um respeito muito merecido. Aliás, ela tem o dom dos personagens que encantam, porque eu amei Elle, Tao e Tori! O traço dela é muito fofo, combina demais com o enredo! Estou pensando em fazer resenha, mas verei como vai ser porque li com meu péssimo inglês e queria muito ler a versão em português.
E o que vocês estão lendo?
Nenhum comentário: