Mais um mês que minha vida resolveu me ocupar muito e acabei atrasando este post. Colocando o caos de lado, em Maio resolvi participar do #MAYsian que consistiu em consumir literatura e audiovisual de países do continente asiático. Então grande parte da minha lista de lidos é resultado desse desafio que amei participar.
"A guerra da papoula (A guerra da papoula #01)", R. F. Kuang: A guerra da Papoula é um livro que não poupa ninguém, sejam os personagens e ou os leitores. A autora não se nega a mostrar a pior face da guerra, toda a crueldade praticada e nos dá vários vislumbres da política envolvida em acontecimentos desse tipo. Além de tudo, Rin, a protagonista, segue um caminho de crescimento e amadurecimento muito evidente e doloroso e, ainda sim, muito interessante de acompanhar. Resenha aqui.
"A Verdadeira História de Itachi - Uma Noite Sombria # 2", Takashi Yano e Msashi Kishimoto: Na segunda parte da história de Itachi os autores nos apresentam um ninja de Konoha ainda mais dividido entre o que acha correto e a própria lealdade para com o clã dele. Itachi é, como a maioria dos Uchihas, uma pessoa com amor forte e com caminho difícil, em especial porque se destaca e acaba sendo peça importante nos planos de pessoas que não querem exatamente o bem. Me deixou chocada o quanto o terceiro Hokage foi inútil em mediar os problemas, deixando nas mãos de gente que ele sabia não ser as melhores para lidar com a situação. O que deixa ainda mais triste as decisões de Itachi (as quais também não concordo). Foi uma ótima leitura e ter mais da relação do personagem com Sasuke e outros membros da família foi interessante de acompanhar.
"A casa das belas adormecidas", Yasunari Kawabata: Ainda não sei exatamente o que pensar do livro. Se por um lado me incomoda a forma que as mulheres (algumas meninas) são tratadas como objeto e resumida aos seus papéis na sociedade da época, por outro gosto das reflexões do autor sobre velhice, idade, casamento. A premissa é esquisita e esse estranhamento me seguiu durante toda a leitura.
"Viagem ao País dos Outros", Dong Hyun Sung: O autor é sul-coreano, mas as referências para a escrita de Viagem ao país dos outros é totalmente brasileira. Fala muito de povos indígenas, a cultura deles, e a triste influência dos homens brancos.Não foi um livro muito fluído, mas entrelaça os contos.
"O ano do pensamento mágico", Joan Didion: Leitura para o clube do livreo. É sobre luto, dor e tentativas de seguir com a vida depois da perda. Alguns momentos me atingiram muito, outros fiquei um tanto perdida por conta das referências as pessoas e obras de conhecimento da autora. Ainda sim, rendeu um encontro emocionante do clube, onde falamos bastante sobre nossas experiências e medos sobre perda.
"A Vingança de Mariséria Johnson (Clube da Caixa Preta # 33)", Gertrude Mossel: Foi um conto mais leve, onde a Mariséria tenta ir contra um nome que carrega um significado ruim e uma sociedade que parece dificultar sua busca por sucesso. Eu me diverti com as tentativas dela e fiquei feliz quando o momento de brilhar finalmente chegou.
"O Silêncio das Águas (Elementos # 3)", Brittainy C. Cherry: Fiquei vidrada no livro do começo ao fim, ainda que enha considerações sobre como a autora fez as resoluções dela no final. Creio que ela trabalha muito bem o começo e meio do enredo, porém acaba se apressando no desfecho. Ainda sim curti os personagens, a construção das relações e os dramas pertinentes a condição de cada um deles.
"O Padrinho da Noiva, o Sol, e Noiva Neva (Sociedade das Relíquias Literárias # 38)", Ivana Brlić-Mažuranić: Conto de fadas croata que mostra a importância de cumprir promessas, ter pessoas comprometidas ao seu lado e ser fiel ao próprios princípios. Gostei da escrita e de algumas das mensagens.
"The Flower Pot", Amanda Freitas: The flower pot tem um enredo que aquece o coração. É muito legal ver como Pio vai tomando coragem para se aproximar de Hadrian e o suporte que ele tem dos amigos. Hadrian é um pouco mais misterioso, ainda sim é um doce de rapaz e, quando os encontros com Pio ficam mais frequentes, ele mostra bem esse lado. A trama não é muito elaborada, mas consegue cativar, e a arte ajuda bastante no envolvimento do leitor. Adorei a escolha de cores e o traço da artista.
"Más companhias", Ancco: Um enredo que mostra a Coreia do Sul em uma época que determinados comportamentos eram entendidos como corretos, além da falta de perspectivas para os jovens, especialmente as mulheres. Acompanhar nossas duas protagonistas nos faz refletir sobre atitudes, escapes, relacionamentos e sobre uma juventude tão perdida quanto os adultos.
Como estão as leituras de vocês?
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