10. Notas sobre o luto, Chimamanda Ngozi Adichie:
Luto é um tema tão tratado ultimamente, para nossa infelicidade. E é um processo difícil de lidar, com altos e baixos, e a Chimamanda coloca sua própria dor de um maneira tão crua, tão humana, que fica impossível não se identificar.
08. Lendários (Lendários - Livro 01), Tracy Deonn:
Fui surpreendida com a mistura de fantasia, história e questões raciais contida em Lendários. Supri um pouco minha sede sobre esses assuntos e o melhor que foi junto com as ótimas reviravoltas e personagens bem desenvolvidos. Me encantei pela jornada de Bree porque envolve também luto, sentimento que estamos experimentando com uma frequência horrível. É ótimo encontrar um livro de fantasia que sabe dosar essas questões, mantendo a importância dela e ainda sim, nos fornecendo o entretenimento que buscamos e um pouco de romance.
07. Kafka à beira-mar, Haruki Murakami:
Apesar de algumas questões com uns dois assuntos, eu amei o livro. É cheio de mistérios, acontecimentos fantásticos e, ainda sim, trata da jornada de amadurecimento ou de encontro com o próprio propósito. Temos dois protagonistas em idades distintas, e eu adorei o Nakata, personalidade, passado, o fato de ser um idoso... Contrasta bem com o Kafka que tem 15 anos e muitas questões sobre as escolhas que deve fazer. Ainda quero comentar melhor sobre o livro numa resenha.
06. Sem gentileza, Futhi Ntshingila:
Mulheres sempre são o elo mais fraco em lugares onde o poder público está desestruturado e o religioso fica mais forte, principalmente no meio de uma epidemia de HIV. Acompanhar nossa protagonista com tão pouca idade, mas com tantas responsabilidades e dores me revoltava, em especial por saber que não é um caso isolado. Futhi passa cada um dos obstáculos da vida de Mvelo, Zola e Nonceba, todos eles agravados pelo machismo e racismo, e é difícil não se emocionar.
05. Socando o ar, Ibi Zoboi e Yusef Salaam:
Ter um autora que gosto escrevendo com um autor que passou por coisa similares ao protagonista deixou o enredo de Socando o ar ainda mais dolorido e crível. Cada momento de desespero de Amal me doía, principalmente por percebermos que o processo todo é muito injusto, desde quem deveria defendê-lo. A narrativa em forma de poema confere uma nova camada de sentimentos e combinou bastante com a mensagem.
04. As boas mulheres da China, Xinran:
Foi uma leitura dolorida, mas que representa muito a situação da mulher em qualquer lugar do mundo. Encontramos diversos tipo de violência, seja física, psicológica, política e o pior que muitas veem de pessoas que deveriam protegê-las. Apesar de tudo, é uma leitura muito necessária e foi o livro que mais gostei dos seis que lemos em 2021 para o clube do livro.
02. É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone:
A escrita poética de Amal e Max me encantou desde a primeira página. Sem grandes explicações, eles nos envolvem na guerra e na disputa pessoal entre Red e Blue, e desenvolvem seu relacionamento entre cartas e metáforas enquanto momentos importantes da humanidade servem de cenário. Amei a delicadeza e contradições dos sentimentos delas, ao mesmo tempo que torcia para elas ficarem juntas.
01. Pachinko, Min Jin Lee:
Desde o primeiro capítulo fiquei fissurada no livro. Eu amo livros com desenvolvimento focado na família e as gerações das pessoas queridas da Sun Ja preenchem todas as questões importantes. Os vemos sofrendo, se superando, enfrentando injustiças e perdas. Presenciamos o machismo, mas também a força das mulheres dessa família. E ainda tem o fundo histórico, onde temos visões sobre a invasão japonesa a Coreia, a Segunda Guerra Mundial e a guerra entre as Coreias. É um livro para ser revisitado sempre.
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