quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

TOP 10: Melhores livros de 2021


E chegou o momento de escolher minhas melhores leituras de 2021! Li um total de 101 livros (na verdade a maioria foi composta de contos) e 42 mangás/ quadrinhos. Meu resumo de leitura está no skoob. Foi um ano que tentei me manter lendo constantemente, mesmo que textos curtos. Ainda farei uma postagem sobre as decisões que tomei ano passado em relação as minhas leituras e que quero manter esse ano. Enquanto isso, vamos aos livros! 

10. Notas sobre o luto, Chimamanda Ngozi Adichie: 

Luto é um tema tão tratado ultimamente, para nossa infelicidade. E é um processo difícil de lidar, com altos e baixos, e a Chimamanda coloca sua própria dor de um maneira tão crua, tão humana, que fica impossível não se identificar. 


09. Os dois morrem no final, Adam Silvera:

Seguindo a temática de perdas, aqui vamos ter que lidar com o fato de saber quando é nosso último dia e o que fazer com ele. Matteo e Ruffus tem seus próprios pensamentos sobre isso e tentam tornar seu último dia o mais completo possível. Ri, chorei, me questionei se gostaria ou não de saber o dia da minha morte e me vi envolvida com todo o enredo do livro.

08. Lendários (Lendários - Livro 01), Tracy Deonn:

Fui surpreendida com a mistura de fantasia, história e questões raciais contida em Lendários. Supri um pouco minha sede sobre esses assuntos e o melhor que foi junto com as ótimas reviravoltas e personagens bem desenvolvidos. Me encantei pela jornada de Bree porque envolve também luto, sentimento que estamos experimentando com uma frequência horrível. É ótimo encontrar um livro de fantasia que sabe dosar essas questões, mantendo a importância dela e ainda sim, nos fornecendo o entretenimento que buscamos e um pouco de romance.

07. Kafka à beira-mar, Haruki Murakami:

Apesar de algumas questões com uns dois assuntos, eu amei o livro. É cheio de mistérios, acontecimentos fantásticos e, ainda sim, trata da jornada de amadurecimento ou de encontro com o próprio propósito. Temos dois protagonistas em idades distintas, e eu adorei o Nakata, personalidade, passado, o fato de ser um idoso... Contrasta bem com o Kafka que tem 15 anos e muitas questões sobre as escolhas que deve fazer. Ainda quero comentar melhor sobre o livro numa resenha. 

06. Sem gentileza, Futhi Ntshingila: 

Mulheres sempre são o elo mais fraco em lugares onde o poder público está desestruturado e o religioso fica mais forte, principalmente no meio de uma epidemia de HIV. Acompanhar nossa protagonista com tão pouca idade, mas com tantas responsabilidades e dores me revoltava, em especial por saber que não é um caso isolado. Futhi passa cada um dos obstáculos da vida de Mvelo, Zola e Nonceba, todos eles agravados pelo machismo e racismo, e é difícil não se emocionar.


05. Socando o ar, Ibi Zoboi e Yusef Salaam:

Ter um autora que gosto escrevendo com um autor que passou por coisa similares ao protagonista deixou o enredo de Socando o ar ainda mais dolorido e crível. Cada momento de desespero de Amal me doía, principalmente por percebermos que o processo todo é muito injusto, desde quem deveria defendê-lo. A narrativa em forma de poema confere uma nova camada de sentimentos e combinou bastante com a mensagem. 

04. As boas mulheres da China, Xinran:

Foi uma leitura dolorida, mas que representa muito a situação da mulher em qualquer lugar do mundo. Encontramos diversos tipo de violência, seja física, psicológica, política e o pior que muitas veem de pessoas que deveriam protegê-las. Apesar de tudo, é uma leitura muito necessária e foi o livro que mais gostei dos seis que lemos em 2021 para o clube do livro. 


03. A metade perdida, Brit Bennett: 

O primeiro livro que li contendo passabilidade me ensinou muito, além de me fazer pensar em questões raciais que antes eu não prestava atenção. Nunca tinha imaginado como uma pessoa podia ser lida de forma diferente dependendo de como se portava e a autora deixa isso muito claro durante o plot das irmãs gêmeas. Me tirou da zona de conforto e foi um ótimo jeito de lançar luz sobre essas questões. 

02. É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone: 

A escrita poética de Amal e Max me encantou desde a primeira página. Sem grandes explicações, eles nos envolvem na guerra e na disputa pessoal entre Red e Blue, e desenvolvem seu relacionamento entre cartas e metáforas enquanto momentos importantes da humanidade servem de cenário. Amei a delicadeza e contradições dos sentimentos delas, ao mesmo tempo que torcia para elas ficarem juntas. 

01. Pachinko, Min Jin Lee: 

Desde o primeiro capítulo fiquei fissurada no livro. Eu amo livros com desenvolvimento focado na família e as gerações das pessoas queridas da Sun Ja preenchem todas as questões importantes. Os vemos sofrendo, se superando, enfrentando injustiças e perdas. Presenciamos o machismo, mas também a força das mulheres dessa família. E ainda tem o fundo histórico, onde temos visões sobre a invasão japonesa a Coreia, a Segunda Guerra Mundial e a guerra entre as Coreias. É um livro para ser revisitado sempre. 

Quais foram seus livros preferidos em 2021?

Lista de TOP 10:
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