quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

RESENHA: Um beijo inesquecível (Os Bridgertons #7)

Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente. 
Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.
Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples e de tão complicado quanto um beijo. 

Creio que já comentei em alguma resenha da série que a Hyacinth é minha Bridgerton menos amada. Sempre impliquei um pouco com seu jeito e fui preparada para não gostar muito do seu livro. E advinhem quem se surpreendeu positivamente?

Hyancith, como grande parte das mulheres da época, preocupa-se em casar, mas tem consciência que não encontra o par ideal porque nenhum deles parece se equiparar a sua inteligência. Sua sinceridade não é lá um grande atrativo, os homens parecem ter medo de sua impetuosidade e isso torna sua tarefa difícil. Já Gareth é o típico protagonista com fama de conquistador, mas que na verdade tem grandes problemas familiares. Sua avó é a única que se importa de verdade com ele e a amizade dela com Hyacinth é que vai aproximá-los. 

A química entre os dois é maravilhosa, a amizade sincera e o respeito pelas qualidades um do outro é constante. Eles são divertidos e sarcásticos, e isso se acentua quanto Lady Danbury está presente. A união dos três me rendeu muitas risadas e gostei de ver esse lado mais doce da Hyancith conforme nos damos conta da sua amizade com a lady. 

Os temas familiares sempre tão presentes na série, voltam neste livro e vemos como a realidade de Hy é diferente de St. Clair : enquanto Violet participa sempre da vida dos filhos, seja arrumando seus casamentos ou os apoiando com sua esperteza e sabedoria, Gareth se vê numa briga eterna com o pai e constantemente se vê solitário pois só tem a avó por ele. Determinada aparição do Anthony rendeu uma cena muito engraçada, mas que demonstra como a família Bridgerton é composta de pessoas que se amam muito e o Gareth enfim tem a dimensão do quanto a união familiar é importante.

Eu gosto muito do tipo de protagonistas que a Julia Quinn desenvolve. Elas sempre tem algum aspecto que não é exatamente uma qualidade para a sociedade da época, mas que as enriquece e as tornam dignas de admiração. A narrativa também é gostosa de acompanhar sempre cheia de romance, tiradas engraçadas e irônicas. Hyancith subiu muito no meu conceito e seu livro foi divertido. Agora estou curiosa sobre a história do Gregory e tudo que ela vai me proporcionar.

Sobre o livro:
ISBN: 9788580414851 
Série: Os Bridgertons
Volume: 07
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Páginas: 272

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