domingo, 29 de maio de 2022

Lemos na Fábrica: Abril 2022

Não tenho o que reclamar de Abril, li um bocado e enredos muito diversos e interessantes. Tive algumas decepções? Sim! Mas faz parte. Vamos lá?


"Kim Jiyoung, nascida em 1982", Cho Nam Joo: Estava a espera do livro desde que o filme foi lançado. Tinha esperança de ler em português e finalmente o fiz. Kim Jiyoung, nascida em 1982 não é somente o retrato da mulher sul coreana e as pressões e injustiças exercidas pela sociedade. Tudo que acontece com ela acontece também conosco no Brasil, com algumas diferenças culturais, mas que estão presentes em igual força e causam os mesmos males. Foi uma leitura pesada, necessária e que nos leva a observar de outra maneira nossa própria realidade. Resenha aqui.

terça-feira, 24 de maio de 2022

RESENHA: Se a rua Beale falasse

Lançado em 1974, o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny, seu noivo, preso injustamente. Livro que inspirou o filme homônimo dirigido por Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight.
Tish tem dezenove anos quando descobre que está grávida de Fonny, de 22. A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, embora não haja nenhuma prova que o incrimine. Convicta da honestidade do noivo, Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão.
Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo. Ao revelar as incertezas do futuro, a trama joga luz sobre o desespero, a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano.
Esta edição tem tradução de Jorio Dauster e inclui posfácio de Márcio Macedo.

terça-feira, 17 de maio de 2022

RESENHA: Viúva de Ferro (Duologia Viúva de Ferro #1)

Em Huaxia, a maior honra concedida a uma garota é sua escolha para a função de piloto-concubina, servas conectadas a pilotos homens para juntos fornecerem energia vital às crisálidas — máquinas de guerra gigantes que protegem a humanidade dos alienígenas além da Grande Muralha. Essa conexão mental tão intensa e poderosa entre piloto e concubina com frequência leva as jovens à morte, garantindo à família delas uma recompensa financeira do Estado. Aos dezoito anos, Wu Zetian se alista como concubina com apenas um objetivo em mente: vingança.
Seu plano é matar o piloto que tirou a vida de sua irmã, mas a situação toma um rumo brutal e inesperado, e Zetian recebe um título muito temido: Viúva de Ferro, uma mulher que, ao contrário do esperado, suga a energia dos homens nas crisálidas e os leva à morte.
Numa tentativa de minar suas habilidades mentais extremamente poderosas, o exército a pareia com Li Shimin, o piloto mais forte e controverso de Huaxia, um guerreiro que nunca erra seu alvo. Mas agora que Zetian sabe do que é capaz, não vai recuar tão facilmente, usando todas as suas armas para sobreviver e destruir de uma vez por todas um sistema que despreza a vida de meninas e mulheres.
Em Viúva de Ferro, Xiran Jay Zhao constrói com maestria um universo audacioso e original, unindo ficção científica, fantasia e elementos da história chinesa ao reimaginar a jornada da primeira e única imperatriz da China, Wu Zetian, em um futuro distópico, ameaçador e eletrizante.

domingo, 8 de maio de 2022

Assistimos na Fábrica: Abril 2022

 Olá! Em Abril não fui uma telespectadora muito assídua, foi um mês bem enrolado, mas fiz boas escolhas no pouco tempo que tive. 

Twenty-five, twenty-one (drama sul coreano 2022): Que drama gostosinho de assistir! Ele se passa em um passado recente da Coreia onde temos os problemas da economia coreana e o envolvimento com o FMI, e como isso afetou a sociedade. Dentro desse contexto temos Na Hee Do, uma jovem aspirante a esgrimista que tenta voltar a sua melhor forma. Eu amo como a protagonista é animada, sincera e inocente e o crescimento pelo qual passa. Também passa por um amadurecimento forçado Baek Yi Jin, antes rico e agora com uma situação desoladora, está em busca de sustento e de um novo futuro. Eles são o que cada um precisa para seguir e é ótima a dinâmica entre eles e os outros personagens. Ainda estou terminando, então mês que vem tem mais! Estou assistindo na netflix.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

SORTEIO: Kim Jiyoung, nascida em 1982 + resultado Abril


Olá! Tudo bem?

E vamos para mais um sorteio! O livro sorteado será o forte " Kim Jiyoung, nascida em 1982", da autora Cho Nam-joo. A resenha está aqui. Para participar é só seguir as regras e o formulário abaixo:

RESENHA: Kim Jiyoung, nascida em 1982

Com narrativa sutil e ao mesmo tempo arrebatadora, Kim Jiyoung, nascida em 1982 retrata a realidade de uma jovem coreana e os profundos impactos da desigualdade de gênero na vida das mulheres.
Em um pequeno apartamento nos arredores da frenética Seul vive Kim Jiyoung. Uma millennial comum, Jiyoung largou seu emprego em uma agência de marketing para cuidar da filha recém-nascida em tempo integral ― como se espera de tantas mulheres coreanas. Mas, em pouco tempo, ela começa a apresentar sintomas estranhos, que preocupam o marido e os sogros: Jiyoung personifica vozes de outras mulheres conhecidas ― vivas e mortas. A estranheza de seu comportamento cresce na mesma proporção que a frustração do marido, que acaba aconselhando a esposa a se consultar com um psiquiatra.
Toda a sua trajetória é, então, contada ao médico. Nascida em 1982 e com o nome mais comum entre as meninas coreanas, Kim Jiyoung rapidamente se dá conta de como é desfavorecida frente ao irmão mimado. Seu comportamento sempre é vigiado e cobrado pelos homens ao seu redor: desde os professores do ensino fundamental, que impõem uniformes rígidos às meninas, até os colegas de trabalho, que instalam uma câmera escondida no banheiro feminino para postar fotos íntimas das mulheres em sites pornográficos. Aos olhos do pai, é culpa de Jiyoung que os homens a assediem; aos olhos do marido, é dever dela abandonar a carreira para cuidar da casa e da filha.
A vida dolorosamente comum de Kim Jiyoung vai contra os avanços da Coreia do Sul, uma vez que o país abandona as políticas de controle de natalidade e “planejamento familiar” ― que privilegiava o nascimento de meninos ― e aprova uma nova legislação contra a discriminação de gênero. Diante de tudo isso, será que seu psiquiatra pode curá-la ou sequer descobrir o que realmente a aflige? Best-seller internacional, Kim Jiyoung, nascida em 1982 é uma obra poderosa e contemporânea que não só atinge o âmago da individualidade feminina, como também questiona o papel da mulher em âmbito universal.