Lemos na Fábrica: Junho 2022

Junho foi um mês de leituras curtas, o que funcionou bastante porque eu estava muito enrolada com trabalho e vida pessoal (ainda está assim). Portanto fui lendo nas poucas horas vagas que eu tinha e confesso que não estava com paciência para calhamaço. E o resultado foi até bom.

"Nunca vi a chuva", Stephano Volp: Finalmente li um livro do Volp! As questões familiares são o foco e eu não poderia ficar mais satisfeita com isso. Lucas e Rafael tem personalidades diferentes, mas conseguem conquistar o leitor da mesma forma e o encontro dos dois rende muitas reflexões. A escrita do Volp é muito boa, me deixou curiosa o tempo todo e no final fiquei feliz em acompanhar a jornada dos gêmeos. Resenha aqui.

RESENHA: Nunca vi a chuva

Lucas foi adotado por uma família rica e apesar de ter uma vida aparentemente perfeita, ele teria se jogado de um prédio, não fosse a mensagem recebida naquele exato instante: o canal de vídeos do gêmeo idêntico que ele simplesmente não conhecia.

Depressivo e ainda desmotivado a viver, Lucas decide viajar para o interior do Rio de Janeiro atrás de Rafael e acaba vivenciando o início de uma amizade que poderá mudar sua vida para sempre.

Nunca vi a chuva foi minha leitura escolhida para a #LeituraPreta de Junho e também foi o livro pelo qual decidi conhecer a escrita do Volp. O Acompanho tem algum tempo, participo do Clube da Caixa Preta, projeto idealizado e organizado por ele, mas ainda não o tinha lido. Chegou a hora.

A personalidade dos gêmeos não poderia ser mais distinta, e chama a atenção como quem mais teria motivos para não gostar da própria vida é quem mais dá valor a ela. Assim, eu acho que para Lucas foi muito mais vantajoso conhecer Rafael, porque ele consegue sim passar alegria e aproveitar o que pode porque ele sabe o valor de cada momento e tem pessoas o apoiando.

Assistimos na Fábrica: Junho 2022

 Cheguei, atrasada como sempre, para contar um pouco sobre o que assisti em Junho. Percebi que foquei bastante em comédia romântica, embora um dos dramas escolhidos seja um bocado pesado. Creio que consegui balancear os temas, o que gosto muito quando acontece.

The sh**ting stars (drama sul-coreano 2022): O enredo pode não ser primoroso, mas fez bem nas escolhas. As referências e participações de personagens de outros dramas foram divertidas, o fato de ter um drama sendo filmado dentro do próprio drama é bem legal, porque temos um pouco do processo e de toda a problemática envolvida. Me diverti com os casais, gostei das reflexões sobre fama e mídia, a amizade entre os personagens é linda de ver e fiquei com aquele quentinho no coração ao finalizar. Assisti no Viki, mas tem no Kingdom também.

RESENHA: Azul Infinito (Antes dela partir #1.5)

A pessoa resiliente é aquela que não se quebra na tempestade, mas se deixa curvar pelo vento para não ser arrancada.” (Grapeia)

Sean Parkins é um cara dotado da capacidade de tentar sempre ver o lado bom de todas as situações e pessoas, mas para quem o viu apenas de modo secundário em Antes Dela Partir, não imagina por quantas adversidades o moreno de olhos azuis já passou.

Através de uma narrativa não linear e fluida, e predominantemente no intenso ponto de vista de Sean, Azul Infinito traz à tona fatos e curiosidades acerca de sua vida antes, durante e depois do desfecho de Antes Dela Partir com passagens divertidas e emocionantes.

O Spin-off conta também com participações especiais como as de Sebastian, o melhor amigo, e Maggie, a garota que herdou seu coração, além de dois capítulos extras e de uma playlist com músicas sugeridas por capítulo.

Uma película breve, porém necessária e justa com este personagem que cativou e ainda cativa a maioria das leitoras

SORTEIO: Luxúria + resultado Junho

Olá! Tudo bem?

Finalmente o sorteio de Julho está no ar! O livro sorteado será Luxúria da Raven Leilani. A resenha está aqui. Para participar é só seguir as regras e o formulário abaixo:

Graphic novel: Memórias de um Freixo

Adaptado de um livro do escritor coreano Choi Yong-tak, Memórias de um Freixo retrata um momento dramático e violento da história recente coreana conhecido como o "Massacre das Ligas Bodo". Durante o verão de 1950, logo no início da Guerra da Coreia, as autoridades sul-coreanas organizaram a eliminação de dezenas de milhares de civis, oponentes políticos declarados ou simples simpatizantes, por medo do contágio comunista.

Esse massacre, realizado pelo exército e pela polícia sul-coreanos, deixou entre 100.000 e 200.000 mortos, incluindo mulheres e crianças. Posteriormente, o evento foi deliberadamente obscurecido pela história oficial da Coreia do Sul. Apenas na década de 1990 que valas comuns foram encontradas e alguns perpetradores do crime foram chamados a testemunhar.

Nesta história cujo narrador é uma árvore que habita um dos vales onde ocorreram os massacres, o autor mobiliza o leitor por meios gráficos excepcionais através de um conjunto de imagens de beleza sombria e marcante. Kun-woong Park é um autor virtuoso e comprometido, e faz um trabalho de longo prazo que visa exorcizar os erros dos governos coreanos desde a independência em 1945.