Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.
Comecei o livro bem empolgada porque a sinopse me animou muito, é o tipo de história que curto acompanhar, mas não me dei tão bem quanto gostaria com o desenvolvimento.
Tanto Elizabeth quanto Tristan são pessoas machucadas, que ainda tem dificuldades em lidar com a dor da perda. O momento pelo qual os dois estão passando é tortuoso e cheio de inseguranças, e isso se espelha no relacionamento deles desde o começo, seja como simples vizinhos, amantes que se apoiam, até enfim decidirem ser algo mais que isso.
A maneira como se aproximam é meio estranha, mas dá para entender o que eles viam um no outro: uma pessoa que entendia a dimensão do sofrimento e solidão, então é fácil torcer para que os dois se entendam de vez. E eu torci bastante.
Claro que nenhum dos dois é perfeito. Elizabeth me deixou agoniada com a maneira que tratava a mãe, mesmo que conseguisse entender de onde vinha suas ações. Era dura demais com uma pessoa que buscava a felicidade, podia muito bem ter escolhido conversar do que atacá-la da maneira que fez. Porém era uma personagem corajosa, que tentou ao máximo seguir com sua vida e dar uma vida estável a filha.
O Tristan também teve seus momentos de chateação, nos quais eu torcia para a Elizabeth dar uns tapas nele, mas ele me despertou empatia com mais facilidade, não somente pela dimensão da sua perda, como pelo relacionamento com a filha da Elizabeth. E como não amar as tatuagens dele? Todas representando os livros que leu com o filho, e como isso os unia.
Porém teve pontos me incomodaram demais como algumas cenas que pareciam soltas dentro da história, mudanças abruptas no ritmo, além de uso de alguns clichês muito batidos e que, particularmente, não achei adições positivas ao enredo. E nem vou fazer um comentário mais elaborado sobre o vilão que não contribuiu em nada além de deixar a história arrastada quando focou mais nele.
Por não gostar muito desses itens, fiquei em dúvida se teria coragem de encarar outro livro da autora, mas já me interessei por um título dela e espero que funcione melhor pra mim do que "O ar que ele respira".
Sobre o livro:
ISBN: 9788501075666
Série: Elementos
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Ano: 2016
Páginas: 308
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