segunda-feira, 1 de maio de 2023

Lemos na Fábrica: Março 2023

 Olá! Muito atrasada, não é? Meus dias andam muito ocupados e eu estou bem cansada, sendo sincera. Quando tenho um tempo, acabo sem tanta vontade de sentar e escrever para comentar as leituras e Abril foi bem pesado de trabalho, o que piorou tudo. Espero não falhar tanto em Maio. E vamos para os lidos em Março!


"Corrente de Espinhos (As Últimas Horas #3)", Cassandra Clare: O final da trilogia "As últimas horas" não foi o que eu esperava. Corrente de espinhos tentou impactar com certas escolhas e não funcionou para mim, assim como a insistência em alguns plots onde os personagens não despertavam empatia. Claro que gostei de várias coisas como o desenvolvimento do Alistair, uma maior participação do Kit, a participação dos secundários e os vários pontos de vistas, além de algumas cenas finais muito interessantes. Resenha aqui.


"Júlio César", William Shakespeare: O Clube do Livro sempre me fazendo ler livros que não tinha tanto interesse, mas que rendem boas discussões e pensar se as atitudes dos assassinos de César, assim como seus motivos foi um ponto importante. Julio César retrata uma era romana real, mas nas palavras do Bardo ganham novas nuance e referências reais à época em que foi escrito , então discutir sobre as atitudes do personagens no livro e na história real foi enriquecedor. 


"O bebê é meu", Oyinkan Braithwaite: O livro se passa durante a pandemia e leva o leitor a tentar descobrir, assim como Bambi, quem é a mãe do bebê de seu tio. Ele se vê na mesma casa que a tia e a amante do tio, ambas com atitudes suspeitas e afirmando serem a verdadeira mãe, enquanto ele toma para si a responsabilidade de deixar a criança segura. O livro é bem escrito, me fez pensar sobre a maternidade no sentido de cuidado e cultura. Teve um final que não esperava e curti a surpresa.


"Rebel (Legend #04)", Marie Lu: Gosto demais do Éden, mas eu li para rever Day e June! (ok, eu li porque gosto das reflexões sobre organização social e política, sempre tem questões interessantes, mesmo quando não é desenvolvida com profundidade). Saber mais sobre o sistema de níveis dentro da nva realidade de Day e Eden foi bem interessante, principalmente porque dá para refletir sobre nosso próprio sistema e meritocracia. Algumas coisas não funcionaram para mim como o relacionamento amoroso do Eden e o poder obtido pelo vilão do momento, embora ele tenha questões bastantes pertinentes. De qualquer forma foi bom rever os personagens e saber mais deles.


"Os dois americanos (Clube da Caixa Preta # 31), Florence Lewis Bentley: Um enredo triste sobre um soldado preto que decide ajudar um soldado branco no lugar de se vingar das atrocidades cometidas por ele. A autora dá destaque aos sentimentos da pessoa preta, o sofrimento diante do racismo do homem branco, toda a dor pelas perdas e pela violência, porém desenvolve o conto mostrando como as coisas deveriam ser pensadas se fosse um mundo mais justo. A atitude de salvamento do soldado para com uma pessoa que só o fez sofrer fala muito mais sobre ele e suas qualidades. 


"O Rei Laurin (Sociedade das Relíquias Literárias # 36)", Marie Jeserich Timme: Tem certos contos da SRL que gritam "não confie nos homens!" e olha que esse até parecia que o cara iria cumprir com a promessa, porém nossa protagonista se decepciona bastante. O Rei Laurin acaba sendo a figura de consolo e até mesmo de revanche frente ao deboche o ex prometido e foi uma leitura interessante. 


"Paradise Kiss #05", Ai Yazawa: O último volume de Paradise Kiss me deixou chateada ao mesmo tempo que me alegrou muito com o final da Yukari. Apesar de gostar demais do George, muitas das suas atitudes me incomodavam, então queria soluções ou indicações que o relacionamento dele com a Yukari melhorava e recebi algo melhor que isso. Em contrapartida, o passado da Miwako e do Arashi me deixou triste e um tanto revoltada com o destino deles. Foi um mangá mais difícil de ler do que esperava porque exigia de mim entender o tempo em que foi publicado originalmente, assim como perceber diferenças culturais. Gostei da experiência.

"Noragami #25", Adachitoka: Este volume foi lindo e triste. Estou na angústia de saber o que vai ser do Yukine. Enquanto isso nosso vilão, por piores que sejam sua intenções, tem uma parte da razão e algo da revolta dele ecoa para dúvidas que imagino que todos nós temos, e gosto disso. Como tem muita coisa acontecendo em várias frentes, me preocupa como Adachitoka vai trabalhar os acontecimentos de forma que façam sentido. Vamos ver como isso vai se desenrolar. Essa capa me destruiu. O que tem de bonita tem de triste.

E quais leituras agradaram vocês este mês?

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