terça-feira, 29 de agosto de 2023

Lemos na Fábrica: Julho 2023

Olá! Sigo tentando ler os livros que estão parados na minha estante, mas sem deixar algumas leituras necessárias de fora. Vamos lá?


"Homens pretos (não) choram", Stefano Volp: Os contos no livro do Volp retratam várias vivências de homens negros, desde a sua sexualidade até o relacionamento familiar. Alguns são dolorosos, em especial quando tratam de pais e filhos, outros parecem tirados de uma história próxima contada por um vizinho. É tão real que fica difícil de não achar algum tipo de conexão. Farei resenha. 


"Úrsula", Maria Firmina dos Reis: Foi o terceiro livro do ano do clube e, apesar da aparente simplicidade do livro, temos uma profundidade no desenvolvimentos dos personagens pretos e escravizados, enquanto os personagens brancos são desinteressantes. Todo o amor de Úrsula é exagerado, rápido e foi sem atrativo para mim, enquanto as falas de Suzana e Túlio eram cheias de dores, questionamentos, saudades e revolta.


"A História Secreta de Sakura - Contemplações de Amor na Brisa de Primavera (Naruto Hiden #3)", Masashi Kishimoto e Tomohito Osaki: Finalmente li A história secreta de Sakura - Contemplações de amor na brisa da primavera! Sakura é uma das minhas personagens preferidas em Naruto e queria muito ler a novel sobre ela. Fiquei muito animada em encontrar uma versão mais madura dela, com um foco maior nas realizações como médica. As reflexões dela sobre a própria caminhada são bem pertinentes, além do olhar gentil com as pessoas que ela convive, em especial os amigos. Óbvio que teve referência ao Sasuke e aos sentimentos dela por ele, afinal é um traço forte do enredo dela. Em relação a trama, só fiquei chateada porque ela teve que dividir o protagonismo com Kakashi e Sai, coisa que não acontece com as outras novels.


"Mary Elizabeth (Clube da Caixa Preta #35)", Jessie Fauset: De todos os assuntos abordados em "Mary Elizabeth", creio que os relacionamentos na época da escravidão me impactaram com mais peso. A incerteza do amanhã para os casais e para os filhos devia ser uma das maiores agonias, e a pós separação forçada um eterno "e se". "E se não houvesse tamanha crueldade, e se não houvesse tanta injustiça, e se fossem livres...Como seria o agora?" Não consigo nem imaginar a profundidade das dúvidas.


"A Carruagem Fantasma (Sociedade das Relíquias Literárias # 39)", Amelia B. Edwards: Tão nostálgico esse tipo de conto. Sempre me lembra muito os amigos contando causos sobre lugares assombrados e nada melhor que uma carruagem fantasma para lembrar disso. A todo momento eu pensava que tudo ia dar muito errado e que o homem estava desconfiado de menos de toda a situação, mas não sei se eu faria diferente no lugar dele. Foi divertido de ler, mas fiz a leitura durante o dia (sou medrosa).


"A Jornada de Arasmon (Sociedade das Relíquias Literárias # 40)", Mary de Morgan: Que conto triste! É bem conto de fadas, mas não diria que o final foi feliz. A busca de Arasmon é pesada, sofrida, principalmente quando o que ele mais queria estava tão perto. Foi interessante de acompanhar. 


"Na estrada com o ex", Beth O'Leary: Foi uma leitura rápida, mas sai dela com vontade de pegar a autora e dizer o quanto esse final não deveria existir. São tantos tipos de quebra de confiança, de falta de limite e mesmo assim, me parece que não foi o suficiente para os agentes causadores pensarem no tamanho do estrago. Estou tentando colocar menos revolta e mais explicação na resenha. 


"Saintia Shô #15 e #16", Masami Kurumada e Chimaki Kuori: Saintia Shô chegou ao fim. Eu realmente curti ter uma versão onde as personagens principais são mulheres e como seria tê-las em eventos importantes no universo de Os Cavaleiros Do Zodiáco. Contudo, quando chegamos mais para o final, fiquei com a sensação que os personagens masculinos voltaram a ter uma importância grande e no volume 15 isso fico muito fácil de perceber. Ainda sim foi divertido acompanhar essa nova abordagem e ver de uma forma diferente uma trama ligada a Saint Seiya.


"A casa do sol #01", Taamo: A casa do sol tem uma premissa que me fascina. A forma que a Mao precisa de um lar onde é querida e sinta pertencimento é mostrado desde as primeiras páginas, assim como o desejo de Hiro em reconstruir a família é evidente. Ambos estão sozinhos, ela buscando o que nunca teve e ele querendo de volta o que perdeu. Gosto da construção da dinâmica dos dois e como as personalidades deles expõe suas experiências pessoais.

E vocês, o que estão lendo?

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