Tímida e romântica, Isla tem uma queda pelo introspectivo Josh desde o primeiro ano na SOAP, uma escola americana em Paris. Mas sua timidez nunca permitiu que ela trocasse mais do que uma ou duas palavras com ele, quando muito. Depois de um encontro inesperado em Nova York durante as férias envolvendo sisos retirados e uma quantidade considerável de analgésicos, os dois se aproximam, e o sonho de Isla finalmente se torna realidade. Prestes a se formarem no ensino médio, agora eles terão que enfrentar muitos desafios se quiserem continuar juntos, incluindo dramas familiares, dúvidas quanto ao futuro e a possibilidade cada vez maior de seguirem caminhos diferentes.
A série em si me passa sempre essa sensação de que o romance, por mais presente e importante que seja, é só o interruptor que liga os personagens e os fazem enfrentar seus questionamentos pessoais. Obviamente me agrada bastante as partes mais românticas, de como eles descobrem as várias coisas em comum, e também o que os fazem tão diferentes um do outro, embora seja o amadurecimento do Josh e da Isla que me faça gostar ainda mais dos dois.
Por mais fofo e sensível que o Josh seja, ele tem um lado muito impulsivo e geralmente dá um jeito de fugir das consequências, e não admite pra si mesmo que tudo é resultado de suas próprias ações. Por outro lado, a Isla não é nada confiante e simplesmente não parece acreditar ser merecedora das boas coisas que lhe acontecem. Sua insegurança, entendível pela sua idade e por conta de algumas situações, atrapalha sua própria vida em diferentes níveis e confesso que em alguns momentos fiquei sem paciência com ela.
Embora sejam as situações vivenciadas pelos dois que os colocam de frente aos seus problemas, são seus amigos que dão o toque necessário para que ambos enfrentem sua realidade. Kurt tinha algumas limitações (todos nós temos), mas ele, assim como as irmãs da Isla, sempre falou umas boas verdades para ela. Assim como a própria Isla faz com Josh, mesmo que de uma forma que inicialmente o magoa. Sempre me conquista em qualquer livro interação dos personagens principais com amigos e família.
Sendo Josh um artista e Isla uma grande apreciadora, muitas referências a diversos tipos de arte são encontradas no livro. As que mais me chamam a atenção foram as de arquitetura, como a algumas obras de Gaudí (sou apaixonada pela Catedral da Sagrada Família) e até mesmo o próprio Centro George Pompidou dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers. Também tem referência à artistas de graphic novels e fiquei bem interessada em conhecer as obras citadas.
“Isla e o final feliz” faz parte de uma coletânea composta também por “Anna e o beijo francês” e “Lola e o garoto da casa ao lado”. Não é necessário ler os livros em ordem para entender a história, mas sempre tem participação dos outros personagens. A autora nos reserva uma surpresa muito legal no final e li com um sorriso saudosista, mas muito satisfeito. A narrativa da Stephanie é leve, despretensiosa e conquista facilmente. Vocês deveriam ler e ficar com o sorriso bobo igual ao meu.
Sobre o livro:
ISBN: 9788580577396
Autora: Stephanie Perkins
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 304
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