domingo, 9 de junho de 2019

K-DRAMA: Queen for seven days


Casar-se com um rei é garantia de uma vida agitada. Shin Chae Kyung (Park Min Young) é filha de um poderoso político durante a Dinastia Joseon. Ela se apaixona pelo Príncipe Herdeiro Lee Yeok (Yeon Woo Jin), que vive sob a tirania de seu meio-irmão, o Rei Yeon San Gun (Lee Dong Gun).
Quando Lee Yeok sobe ao trono e se torna o Rei Jung Jong, Chae Kyung vira a Rainha Dan Kyung, que fica presa entre conflitos de diferentes facções políticas e no meio do ciúmes entre os irmãos. Quando o próprio pai de Dan Kyung organiza um golpe contra o rei, a Rainha Dan Kyung deve ser destronada somente após sete dias e expulsa do palácio.
O que vai acontecer com o amor entre o rei e a rainha quando não estiverem mais juntos?
“Rainha por Sete Dias” é uma série dramática sul-coreana de 2017 dirigida por Lee Jung Sub.

Quando se trata de dramas, tenho preferência por histórias mais sofridas, mais sérias. Nesse sentido "Queen for seven days" foi um prato cheio. Sabemos desde o começo que a história não terá um final feliz já que é baseada em fatos reais e a rainha foi sim deposta sete dias após subir ao trono, mas o foco do drama é mostrar sua trajetória, suas escolhas e como o amor entre Chae Kyung e Lee Yeok foi forte.

Lee Yeok e Shin Chae Kyung adolescentes

Amo como a história começa com Shin Chae Kyung e Lee Yeok ainda adolescentes, implicando um com o outro e a amizade tomando forma de uma maneira engraçada e leve, embora se torne, aos poucos, palco de grandes acontecimentos. Também é interessante como a Chae Kyung conhece o rei e quão importante esse encontro vai ser no futuro.

Lee Yeok e Shin Chae Kyung adultos

Lee Yeok inicia como um jovem rapaz brincalhão, despreocupado, e que ama seu irmão mais velho. Como o seu pai preferia que ele fosse o príncipe herdeiro e não seu primogênito, fica na mira do irmão que se deixa levar pelos conselhos maldosos dos seus ministros. Ele então começa a sofrer com as atitudes cada vez mais perigosas do rei ao ponto de precisar sumir. Sua volta é cheia de mistério e sua personalidade mostra grande mudança, porém é correto, fiel e bastante inteligente. Seus sentimentos por Chae Kyung são fortes e sinceros.

O rei, irmão de Yeok, está sempre em conflito, é cheio de traumas, cercado por pessoas ambiciosas que sabem de suas fraquezas e Chae Kyung é uma das poucas pessoas que são sinceras com ele. Assim como Yeok, San Gun tem uma bela amizade com ela, e Chae Kyung é cativante de uma maneira que fica difícil para a alma torturada de Yeon San Gun resistir.

Rei San Gun

Chae Kyung é a mistura de inocência e determinação. Mesmo com a aparente fragilidade diante de tantas tramas perversas para afetar Lee Yeok, ela se destaca por sempre tentar fazer o que acha correto por suas próprias mãos. Ela é salva algumas vezes? Sim, mas no geral, ela é quem decide o próprio destino e acaba salvando Lee Yeok muito mais do que ao contrário. Diria que ela o salva de um jeito mais completo: ela entende que suas ações são poderosas no sentido de ajudá-lo e protegê-lo, então age de acordo, sem arrependimentos. Seu amadurecimento e sacrifício durante o drama é admirável, e a Chae Kyung que vemos no último episódio é uma versão totalmente diferente da que encontramos no primeiro. É minha personagem favorita no drama.

A relação dos dois irmãos é sofrida e trágica. Mesmo amando um ao outro, a política não deixou que os dois pudessem conviver por mais tempo como verdadeiros parentes e é triste ver o quanto os fatores externos minaram a relação dos dois. San Gun deixou que seus traumas colocassem seus sentimentos em segundo plano e quase tudo que acontece se deve a falta de confiança dele em seu irmão. Em alguns momentos eu tinha pena, o drama aos poucos nos vai apresentando os motivos para sua personalidade desconfiada, mas passei mais raiva que tudo com ele.

Como todo saeguk, o drama tem uma parte forte relacionada com a política e é ela a grande agente causadora dos momentos mais tensos do drama. Eu tinha muita vontade de bater em cada ancião que colocava seus interesses acima dos sentimentos e das vidas dos cidadãos. Admirei a coragem do Lee Yeok nesse sentido. Sua preocupação com a pobreza e injustiça das quais a população é vítima é evidente e ele luta para mudar essa realidade.


Sobre o elenco lindo do drama, confesso que eles foram meu motivo para começar a ver "Queen for seven days". A maravilhosa Park Min Young acompanho desde Healer, e ela sempre convence e emociona em seus papéis. Já o Yeon Woo Jin (Lee Yeok) conheci em 2017 pelo drama "Introverted Boss", e me apaixonei pela atuação dele, que olhos expressivos e que emoção na voz! Virei fã. Os dois tiveram uma ótima química e eu amei cada cena deles. Queimei lindamente a língua com o Lee Dong Gun (San Gun). Tinha uma implicância com ele desde "Future Choice" e achei que não veria mais nada com o ator. Estar errada nunca foi tão bom.

O cuidado da produção em nos dar belas paisagens foi evidente. Aliás, todos os saeguks me deixam impressionada com os detalhes, desde o figurino até as locações, sempre fico boba com os cenários.

Lee Yeok e Shin Chae Kyung

Não vou dizer exatamente o que acontece na última cena do drama, porém tenho que falar sobre a delicadeza da representação dos anos dos dois. Foi forte e marcante. O amor sofrido de Lee Yeok e Chae Kyung foi lindo de acompanhar, mesmo com suas tragédias, mas sua força foi bem representada através de cada sacrifício deles. Quem resolver se aventurar na história, vai entender porque "Queen for seven days" se tornou um dos meus drama preferidos.

Vocês podem assistir no Kingdom Fansubs ou no Viki.

Atualização 28.08.2023: Agora tem na Netflix!

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