terça-feira, 29 de março de 2022

Lemos na Fábrica: Fevereiro 2022

Olá! Fevereiro foi um mês que me atrapalhei bastante nas leituras e o fato de ser um mês mais curto não ajudou. As leituras foram enroladas por conta da minha rotina, embora tenham me rendido boas reflexões.

"Estação Onze", Emily St: Estação Onze foi diferente do que eu esperava. Tem muito foco nos personagens, no antes e depois da grande gripe, em como foi essa transição entre as duas realidades. Deveria ser o suficiente para me ganhar, já que gosto tanto de ver o aspecto pessoal desse gênero de livro, mas não consegui curti tanto, não sentia nada pelos personagens além da óbvia tristeza pelo ocorrido, grande parte por conta da nossa própria tragédia. No geral, é bem construído, mas não me cativou e creio que ter grandes expectativas tenha contribuído no resultado final. Resenha aqui.

"Circe", Madeline Miller: Madeline Miller revisita as lendas sobre Circe e dá profundidade aos momentos importantes da deusa quase sempre deixada de lado quando se fala em mitologia. Acompanhar o crescimento de Circe ao descobrir seus poderes e a própria determinação foi um dos pontos que curti na leitura. Resenha aqui.

"O avesso da pele," Jeferson Tenório: A escrita do Jeferson, ganhador do prêmio Jabuti, me conquistou desde o início da leitura e creio ser sua maior força. Encontramos um filho reunindo os pertences do pai após a morte dele e ele  os conta como foi a vida do pai, as situações que o fizeram se entender como negro e como essa percepção impacta sua vida. Não conseguia largar o livro curiosa sobre a vida do protagonista. Logo faço resenha. 

"O Colar da Princesa Fiorimonde (Sociedade das Relíquias Literárias #23)", Mary De Morgan: Muito bom observar em O colar da princesa Fiorimonde um enredo que subverte um pouco o que acostumamos encontrar em plots com princesas e casamentos. É divertido ver o desenrolar dos fatos e a forma que o problema é resolvido. Eu ainda consegui admirar um pouco nossa protagonista por escolher a si própria, mas óbvio que isso não justifica nada suas ações.


"Ouço-te a me chamar (Clube da Caixa Preta #18.1)", Anita Scott Coleman: Ouço-te a me chamar é um conto dolorido sobre uma mãe negra que deixa seu filho ser criado por outra família depois de um acontecimento marcante. O que mais me chamou a atenção foi o inicial descaso da jovem mãe e a situação na qual vivia, e como o impacto de tudo que ocorreu a modificou e deixou tão marcada. Lendo eu só pude pensar no desespero e na falta de esperança que a levaram a tomar essa decisão.


"A encruzilhada (Clube da Caixa Preta #18.2)", Anita Scott Coleman:  A encruzilhada foi um conto que me deixou tensa o tempo todo porque a sequência de acontecimentos não promete um fim justo. Aliás, é um final cheio de preconceito e dor que se repete até hoje.


"Cais do porto", Brendda Maria: O traço da Brendda é lindo e a delicadeza que ela trata assuntos do dia a dia durante o encontro das duas amigas é tocante. É o tipo de encontro que pode acontecer com qualquer pessoas, assim como os problemas pelos quais elas passam. Gostei demais. 

E o que vocês estão lendo?

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