domingo, 28 de agosto de 2022

Lemos na Fábrica: Julho 2022

Repeti o mesmo esquema de Junho e me concentrei em livros menores para não ficar sem ler, afinal Julho também foi um mês bem enrolado e até a metade do mês eu somente tinha lido um livro. Agosto vai ser pior, vide minha demora em postar (não façam obra em casa e morem ao mesmo tempo nela!), então aproveitem as dicas.


"Ponciá Vicêncio", Conceição Evaristo: Ponciá Vicêncio foi minha segunda leitura da Conceição Evaristo e a escrita dela sempre consegue me emocionar. O livro fala da vida de Ponciá, mas poderia ser sobre muitas mulheres negras e os sonhos que não saem exatamente como queremos e a herança de dor e dificuldades imposta pela escravidão. Resenha aqui.

"Contos da Tartaruga Dourada", Kim Si-seup: Muito legal ler sobre essas fábulas que misturam a história da Coreia com personagens interessantes e sempre muito ligados a ala intelectual de Joseon. As notas de rodapé ajudam muito a entender os poemas, as referências e alguns dos personagens citados no livro. Porém não é uma leitura rápida, ainda que o livro seja pequeno.

"Cachorro Velho", Teresa Cárdenas: Literatura cubana sobre a época da escravidão. Fala muito do envelhecer da pessoa escravizada, da coragem para buscar a liberdade, dos afetos dos escravizados e de como a esperança não tem idade para se fazer presente. É um livro curto, forte, com uma escrita que não me deixava parar de ler.

"Oliver Twist", Charles Dickens: Eu sofri muito lendo esse livro porque é muito difícil saber que existe tanta crueldade no mundo, principalmente com criança.Tem um começo e meio bastante duros, principalmente para o Oliver. Depois entramos em uma parte do enredo que as respostas estão em processo de ser descobertas, mesmo que não da melhor forma. Não gostei tanto quanto pensei que gostaria, mas o debate no Clube do livro fez valer a pena.

"O fascínio da neve (Sociedade das Relíquias Literárias #28)", Algernon Blackwood: Um conto bem parecido com as histórias da mulher de branco que todo mundo já escutou uma vez na vida. Acontece quase o mesmo, e me fez rir um pouco por me lembrar justamente desses causos. O final meio que me surpreendeu porque eu esperava algo um tantinho diferente.


"A bondade de São Roque (Clube da Caixa Preta #23)", Alice Dunbar-Nelson: Apesar de ter similaridades com muita coisa que a gente escuta, principalmente no interior, meio que não me fez gostar tanto porque esperava algo mais diferente do final. Sim, a culpa é minha que fiquei projetando um final que não tinha indicação de ocorrer, mas valeu pelas referências religiosas e pela simplicidade.


"Antes que o café esfrie", Toshikazu Kawaguchi: Acompanhar as quatro tramas de "Antes que o café esfrie" foi interessante por conta da situação dos personagens. Os motivos para voltar no tempo são bem particulares e dois deles me tocaram muito. Gostei da narrativa e de como os quatro plots se interligam dando uniformidade a leitura, além de mais camadas aos personagens. Resenha aqui.


"Blue Exorcist #25", Kazue Kato: Rin agora sabe tudo que rolou na noite azul. Foi bem difícil ver como a ordem lidou com tudo, como a política e vantagens dela se mostrava mais importantes que a vida de inocentes. Sofri com o destino da Yuri, com as responsabilidades do Shiro e o resultado disso para Rin e Yukio. O volume terminou num momento muito interessante e o próximo promete um embate complicado.


"Blue Exorcist #26", Kazue Kato: Não foi fácil lidar com esse volume porque ver os irmãos se enfrentarem assim, cada um tentando a sua maneira dar um fim aos planos da Illuminati. Pior é ver a mistura de sentimentos que permeiam essa briga, o quanto o sentimento principal é de proteção, ainda que a forma de executar seja a mais dolorosa. Como personagem, Yukio me ganha fácil porque gosto das questões dele, da confusão e da profundidade que a #KazueKato dá a ele. Fico imaginando o quanto ainda será necessário para um entendimento entre ele e o irmão.


"Cavaleiros do Zodíaco - Episódio G #01", Masami Kurumada e Megumi Okada: No começo estranhei um pouco a arte, mas fui me acostumando e curtindo como era desenvolvido. Nesse primeiro volume estamos entendendo nosso protagonista, os sentimentos dele sobre o Santuário e como é seu dia a dia como cavaleiro. Em alguns momentos achei a arte escura, o que dificultava o entendido do desenho, creio que a editora vai se atentar a isso nas próximas edições.

Quais foram as leituras de vocês?

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