domingo, 21 de janeiro de 2024

RESULTADO DOS DESAFIOS LITERÁRIOS 2023

Em 2023 não fiz o post sobre os desafios que fiz a mim mesma, mas ainda sim queria compartilhar o resumo dos que participei ao longo do ano e se fiquei satisfeita com as leituras que fiz.


Creio ser o terceiro ano que me proponho a ler autores de vários países e tentar não ficar somente nos livros dos EUA. Ainda é o país mais lido da minha lista, e provavelmente sempre ficará entre os primeiros porque muito de leitura de pessoas pretas que faço vem de lá, inclusive o Clube da Caixa Preta, assinatura de livros digitais, tem como base as obras do Renascimento do Harlem e contribui com essa quantidade. De toda forma, gostaria de ter tornado igualitária a quantidade de lidos brasileiros, um grande fracasso meu em 2023 mesmo que seja o segundo país mais lido da minha lista junto ao Japão. Dito isso, foram 26 países lidos em 2023, dois a menos que 2022. Não foi ruim, mas queria ter mantido pelo menos os 28. 

CLUBE DO LIVRO 2023

Março: Júlio César, William Shakespeare
O caso clássico de livro que fica maior em importância e profundidade quando embasado historicamente e debatido com um grupo maravilhoso. 

Maio: O ano do pensamento mágico, Joan Didion
Creio que foi o debate mais emocional porque comparamos muito os lutos e a visão sobre a morte de cada uma e acessamos lembranças que foram doloridas, mas outras que nos trazia conforto. O livro não é fácil, mas o tema é necessário, principalmente depois de tantas perdas na pandemia. 

Julho: Úrsula, Maria Firmina do Reis
Úrsula é um livro que parece bobo no enredo que seria o principal, mas seu verdadeiros protagonistas são as pessoas escravizadas e toda a bagagem de dor e revolta que eles carregam. 

Agosto: Vozes de Tchernóbil
Eu nunca tinha me aprofundado em nada sobre esse desastre, então ter relatos de pessoas que viveram o ocorrido ou tiveram parentes afetados foi doloroso. São vários tipos de violência e entender que eles não foram tratados como a principal prioridade é terrível.

Outubro: Não vai acontecer aqui
Sofri demais lendo esse livro porque, até um determinado evento, eu não conseguia me interessar pelos acontecimentos e pelos personagens, afinal era um monte de estudunidense fazendo coisas que estadunidense sempre faz. Ai aconteceu um fato que mudou tudo e melhorou bastante o livro, e é irônico como o enredo é uma crítica a coisas que os EUA adoram fazer com outros países, só que agora acontece com eles. O debate sobre o livro foi muito bom.

Dezembro: Longa Pétala de Mar, Isabell Allende
Melhor leitura do ano do clube! A escrita da Isabel consegue me tocar sempre e misturar ficção co eventos históricos rende ótimos debates. Os personagens são tão comuns e cheios de defeitos que fica impossível não gerar alguma identificação. 

MAYSIAN

A Suu elaborou o MAYSIAN para consumir mais cultura asiática e aproveitei para adiantar algumas leituras que gostaria de fazer, além de assistir alguns dramas. E fiquei feliz em conseguir cumprir minhas metas que foram:

Livros (comentei um pouco sobre cada um no Lemos na Fábrica: Maio 2023)
"A Verdadeira História de Itachi - Uma Noite Sombria # 2", Takashi Yano e Masashi Kishimoto (Japão)
"A casa das belas adormecidas", Yasunari Kawabata (Japão)
"A guerra da papoula (A guerra da papoula #01)", R. F. Kuang (China)
"Viagem ao País dos Outros", Dong Hyun Sung (Coreia do Sul)
"Más companhias", Ancco (Coreia do Sul)

Dramas (comentei sobre cada um no Assistimos na Fábrica: Maio 2023):
Our blooming youth (drama sul-coreano 2023)
Hyakuman Kai Ieba Yokatta (drama japonês 2023)
Meu amigo Totoro (filme animado japonês 1988)

#BINGOLITNEGRA 2023


Foi o primeiro ano em que li exatamente o que me propus no começo do desafio e eu amei minhas escolhas. Vou colocar a lista abaixo, mas cliquem aqui para rever minhas observações sobre as obras.

Africano: O mundo se despedaça (Chinua Achebe)
Fantasia ou ficção científica: Semente Originária - O Padronista # 1 (Octavia E. Butler)
Espaço livre: História de leves enganos e parecenças (Conceição Evaristo)
Juvenil ou jovem adulto: Nunca vi a chuva (Stefano Volp)
Autore independente: Quando te deixei (Yana Sofia)

Esses foram os desafios que fiz durante 2023 e logo volto contado o que pretendo fazer em 2024.

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