sábado, 26 de fevereiro de 2022

Lemos na Fábrica: Janeiro 2022

Olá! Já comecei 2022 meio preguiçosa para a leitura e fico feliz de ter escolhido bem quais livros seriam os primeiros do ano. Posso não ter lido muito, mas fiz boas escolhas.


"Kindred - Laços de Sangue", Octavia Butler: Minha segunda leitura da Octavia E. Butler foi incrível! Kindred é realmente tão bom quando as pessoas falam e me vi refletindo sobre muitos aspectos que continuam se repetindo ainda hoje ao mesmo tempo que ficava aflita pela provações pelas quais Dana passava. Tive sentimentos conflituosa sobre Rufus, sofri com as atitudes dele e suas consequências. Mas, sobretudo, me coloquei no lugar da Dana ao ter de viver em um dos períodos mais obscuros da nossa história. Resenha aqui.


"A filha das profundezas", Rick Riordan: Rick Riordan e seu talento para não apresentar bons personagens e boas aventuras. Sua escrita sempre consegue me ganhar e não foi diferente com A filha das profundezas. Tratar de perda, luto, família e segundas chances não é fácil, mas o autor sempre busca uma forma de fazer isso possível. Resenha aqui.


"Mais forte - Entre lutas e conquistas", Luana Génot: O livro da Luana Génot, Mais forte, conta sobre sua jornada desde os tempos de escola até a criação e sobrevivência do Instituto Identidades do Brasil. Seu caminho tem muita luta por conta da situação financeira e do racismo sempre presente e as experiências dela, pelo menos no começo, se assemelham bastante a tantas outras famílias pobres e negras. Foi a primeira leitura do #LeituraPreta e a resenha está aqui.


"Os óculos de Pigmalião (Sociedade das Relíquias Literárias #20)", Stanley G. Weinbaum: Os óculos de Pigmalião foi um conto de ficção científica muito interessante e com vários detalhes. A dualidade entre o que seria real e ficção fica mais evidente no fim do conto quando o professor explica melhor suas inspirações. Foi divertido de ler e até que fiquei surpresa como termina.


"Os 47 Rônins (Sociedade das Relíquias Literárias #06)", A. B. Mitford: Conto sobre lealdade e honra, coisa que estão em falta hoje, mas que eu não gostaria que se repetisse até o nível dos 47 rônins. O enredo é bem executado, mostra muito da soberba e orgulho sem medidas de alguns nobres, e como as atitudes deles podem reverberar até que ações drásticas sejam tomadas.


"O Capote (Sociedade das Relíquias Literárias #04)", Nicolai Gógol: O capote começou como um conto sobre um homem peculiar e suas pequenas alegrias e preocupações e se transformou num enredo de influência e sustos. A transição entre esses aspectos foi divertida e meio que achei bem feito para algumas pessoas o que aconteceu mais para o final.


"O outro lado, uma lenda bretã (Sociedade das Relíquias Literárias #22)", Conde Eric Stenbock: O outro lado - uma lenda bretã é um conto de fadas daqueles que as mães com certeza contariam aos filhos para assustar e fazer obedecer. O tempo todo eu me perguntava se o garoto gentil e quieto conseguiria voltar a sua vida normal e fiquei bem curiosa com os rumos que o enredo tomava.


"Crazy Mary (Clube da Caixa Preta #17)", Claude McKay: Crazy Mary foi um conto um pouco mais pesado do que esperava. Trata de vários temas atuais como depressão, machismo e abuso. Fiquei triste com o final, porém é muito realista e exemplifica como tudo sempre é mais difícil para a mulher.


"Saint Seiya - Os Cavaleiros do Zodíaco - Kanzenban #18", Masami Kurumada: A jornada para levar a armadura de Atena até Saori continua e tem recursos muito parecidos com os outros arcos. Ainda sim, por ser uma parte que nunca acompanhei nem por animê, me parece tudo novo. Em meio a lutas sérias e objetivos urgentes, dei muita risada com o Seiya e pude lembrar que ele é somente um adolescente, apesar de tudo. Estou curiosa sobre o próximo volume porque imagino que algo grande está para acontecer com o Shun...

"Ataque dos titãs #34", Hajime Isayama: Último volume de #AtaqueDosTitãs não conseguiu me convencer em relação as atitudes do Eren. Por mais que ele pense no lado dos amigos e todo sofrimento que passaram, não justifica as escolhas dele. Fiquei bem triste com isso, imaginava que o autor ia por outro caminho ou até mesmo confirmar um Eren malvado e foi frustrante. De resto, curti a passagem de tempo, a realidade do futuro que todos tanto buscavam e que não veio da maneira que esperavam.


"Ataque dos titãs - Beginning", Hajime Isayama: Beginning é onde tudo iniciou para Eren, Mikasa e Armin. Foi dessas páginas que o autor conseguiu a serialização e pode desenvolver o enredo que conhecemos no mangá. Tem algumas diferenças, mas a essência do que nos foi apresentado no volume 01 está lá.


"Platinum end #11 e #12", Tsugumi Ohba e Takeshi Obata: Platinum End está se encaminhando para o final e ainda temos vários impasses sobre porquê e quem deve ser tornar deus. Nesses dois volumes o assunto fica mais forte quando se trata da crença se Deus existe ou não, e qual a necessidade de se ter fé. O tema em si é interessante, eu acredito que ter quem ou o que se apoiar é importante, mas é uma visão própria, não uma regra. De qualquer forma, ainda acho que a série podia ser um pouco menor, algumas passagens são mais demoradas que o necessário na minha opinião. Enfim, vamos ver o que os volumes finais reservam.

Quais foram as leituras de vocês?

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