Vamos conversar um pouco sobre os livros da Elena Ferrante?
Para minha vergonha, somente li um livro dela: A filha perdida. Lembro que meus sentimentos sobre a leitura se resumiam a incômodo, não porque a escrita era difícil ou ruim, muito pelo contrário, mas porque os sentimentos que os assuntos abordados remetiam me faziam pensar em demasia, principalmente por ser muito diferente do senso comum. Era como se a autora tivesse percebido aqueles pensamentos que ninguém tem coragem de expor e colocado em um outdoor e dissesse "encare, você já pensou nisso".
Então, como meu contato é definido somente por um livro, perguntei a dois amigos sobre suas experiências com as obras da autora e vou contar um pouco da nossa conversa abaixo.
Thyeri Bione
Thyeri foi o primeiro a ler Ferrante no nosso grupo de amigos e, por conta dele, conheci a autora. Nós comentamos bastante na época como era a narrativa, o ritmo que os acontecimentos dos livros eram apresentados e como foi esse primeiro contato. Ele me falou hoje sobre o início da leitura: "eu demorei um pouco a entrar no primeiro livro, mas depois me prendeu muito". E ainda comentou sobre a tetralogia, "foi daquelas poucas séries que consegui ler a continuação logo em seguida".
Ele também compartilha das mesmas sensações que eu tive quando li, e já escreveu resenhas sobre isso (link aqui) quando leu "A filha perdida", "Uma noite na praia" e "Um amor incômodo". Na resenha de "Um amor incômodo", Thyeri define bem o sentimento de ler Elena Ferrante "... pela minha experiência até então, ler Ferrante sem um certo incômodo, não seria ler Ferrante."
Anna Gominho (Blog Gominho é Sobrenome!)
O primeiro livro da Elena Ferrante que ela leu foi um presente meu. Foi um presente meio descuidado, admito, porque escolhi exatamente "Frantumaglia"e somente depois descobri que era uma não-ficção com textos sobre os livros da autora e com participação da editora. Ainda bem que Anna conseguiu aproveitar a leitura "...como eu não tinha lido os outros livros, achei que ia ficar perdida, mas era mais a "produção" deles e seu método de escrevê-los do que os livros propriamente ditos".
O segundo encontro, "A vida mentirosa dos adultos", foi mais proveitoso, e foi através do "Intrínsecos": "São várias coisas interessantes nesse livro: como os adultos começam a mentir quando passam a infância sendo instruídos a não mentir e depois o fazem com seus próprios filhos; como alguém que não foi criado com uma certa religião pode encontrar fé no tempo e lugar certos. Achei a narrativa bela da maneira como foi escrita pela autora."
Confesso que depois de conversar com os dois fiquei muito tentada a buscar novamente seus livros, em especial "Um amor incômodo" e "A vida mentirosa dos adultos".
Que tal conhecer as obras da autora assim como Thyeri e Anna?
Se seu interesse maior foi em "A vida mentirosa dos adultos", pode adquirir através do Intrínsecos comprando caixas anteriores até o dia 14.06!
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