segunda-feira, 27 de julho de 2020

Lemos na Fábrica: Junho 2020

Olá! Outro mês onde as leituras renderam, mas que estou em dívida com os quadrinhos e mangás. De qualquer forma, Junho foi um mês de leituras interessantes e bem diferentes.


"Território Lovecraft", Matt Ruff: Misturando o fantástico ao terror do racismo, o autor nos conta a trama que envolve toda a família de Atticus contra uma sociedade secreta. A premissa foi decisiva na hora de escolher a leitura e os personagens são o atrativo para continuar lendo cada página, curiosa sobre o destino de cada um ao mesmo tempo que tinha medo de encarar uma tragédia. A obra tem muitas referências e consegue nos fazer refletir sobre como as pessoas pretas são tratadas até hoje. Resenha aqui.

"Intermitências da morte", José Saramago: Minha primeira leitura do autor, e foi muito estressante nos primeiros 10% porque não adaptava a sua maneira única de pontuar. Depois do primeiro choque, consegui me concentrar no enredo e gostei muito das variáveis sobre não poder morrer. Não sei se consigo, mas pretendo ainda escrever sobre aqui no blog.



"Tempo ao tempo", Olivia Pilar: Tempo ao tempo se tornou meu conto preferido da Olívia Pilar. É verdadeiro, sensível e delicado, além de mostrar várias fases de um relacionamento que antes era somente amizade.



"A poeta X", Elizabeth Acevedo: Com poemas fortes, Elizabeth Acevedo nos apresenta a Xiomara, uma adolescente afro-latina que vive um momento de mudanças e descobertas enquanto convive com a religiosidade da mãe e o machismo da sociedade. É um livro poderoso, cativante e cheio de situações que, infelizmente, são muito comuns. Me apaixonei pelos personagens e pela maneira que a autora passa sua mensagem. Resenha aqui.



"O corpo escravizado e o corpo negro", Toni Morrison: Eu primeiro contato com a Toni Morrison foi através desse texto curtinho, mas bastante importante, sobre a diferença entre corpo negro e corpo escravizado. Nunca tinha parado para pensar nesse diferença, pensava que uma coisa levava a outra e ler a visão da aurora sobre isso me fez perceber que existe muito mais a ser explorado. Ela também fala um pouco sobre facismo e achei bem objetivo. Pretendo continuar lendo, buscando informação e aprendendo sobre o assunto.


"Jamais peço desculpas por me derramar", Ryane Leão: Poesia sobre racismo, sobre arte, sobre depressão, sobre perdoar, sobre perder, sobre amar. Qualquer pessoa que ler esse livro vai se encontrar em algum aspecto, pelo menos em um. E vai se identificar e amar seus textos.


"Tudo nela brilha e queima", Ryane Leão: Fiz o caminho inverso e li primeiro o segundo livro para depois ler esse. Os temas são os mesmos, embora nunca cansativos, e são sempre atuais. Ainda tem relacionamentos familiares e amorosos, racismo, religião e saúde mental envolvidos e eu adoro como os poemas me atingem mesmo que  não esteja passando ou tenha passado pelas mesmas experiências.


"Um lugar só nosso", Maurene Goo: Um lugar só nosso trata de um dia na vida de Lucky, estrela do K-pop que está no último dia de sua turnê. Gostei porque mostra um pouco de como a indústria da música pop coreana funciona, mesmo que não se aprofunde em algumas questões mais pesadas. Um ponto que amei foi conhecer mais sobre Hong Kong junto com a Lucky e o Jack. Resenha aqui.


"Sulwe", Lupita Nyong'o e Vashti Harrison: Tocada pelo enredo, pelas ilustrações, por tudo. Esse tipo de livro precisa de cada vez mais espaço porque muitas crianças criticadas por seu cabelo e cor sofrem com as diferenças e preconceito.


"As promessas que você me fez", Lorrane Fortunato: Um enredo sobre amor a primeira vista, mas também sobre o racismo e preconceito. Curte esse primeiro contato com a escrita da Lorrane e vou tentar saber mais sobre seus outros livros.


"Eu tenho sérios poemas mentais", Pedro Salomão: Mais do que amor, Pedro Salomão me ganhou com seus poemas e reflexões sobre ansiedade. No mundo em que vivemos, em especial nessa pandemia, acho difícil quem não tenha se desesperado nem que seja por um minuto e lembrei muito disso enquanto lia.


"Saltimbanco", Marcelo A. Galvão: Deu medo, viu? O Marcelo sabe criar a tensão certa que te deixa com medo e curiosidade ao mesmo tempo.


"As perguntas", Antonio Xerxenesky: Fiquei curiosa o tempo todo sobre as escolhas da Alina e me decepcionei porque o final não foi simplesmente aberto - solução que combina bem com a proposta do livro - foi sem sentido pra mim. Talvez eu devesse me apegar ao título e entender que é somente perguntas, nada de respostas.



"Saint Seiya - Os Cavaleiros do Zodíaco - Kanzenban #13", Masami Kurumada: A batalha para destruir os pilares continua e algumas aparições me pegaram de surpresa porque não me recordava delas no anime. O Hyoga teve o arco mais legal nesse volume já que boa parte do seu passado é abordado e sabemos mais sobre suas perdas. Agora parece quem enfim vamos ter uma grande luta com Poseidon e imagino que será uma nova surpresa porque não lembro nada do anime sobre isso.


"Furi Fura - Amores e desenganos #07", Io Sakisaka: Furi fura é o mangá que me deixa mais leve quando leio. É interessante ver o crescimento dos personagens sem deixar de lado o fato que eles são adolescentes e tem duas inseguranças. O mais legal é ver o quanto eles a combatem. A Yuna é mestre nisso: quanto mais ela se sente insegura mais ela fica determinada. Gostei também de ver a Akari lidando com um defeito de frente e indo consertar o erro.

E vocês? O que leram?

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