quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Lemos na Fábrica: Dezembro 2020

 O último mês de 2020 me rendeu muitas leituras interessantes. Romance, comédia, poesia, reflexão, escravidão... tão variados os assuntos quanto meus sentimentos sobre as tramas. Vamos conferir?

"Teoricamente princesa (Reluctant Royals - Livro 01)", Alyssa Cole: É sempre bom ter representatividade nos livros, ainda mais quando o gênero é destinado comumente a personagens brancos, loiros e de olhos azuis. Encontrar protagonistas negros em Teoricamente princesa é recompensador, mesmo que a trama não tenha grandes reviravoltas, o que não é um problema. A narrativa é gostosa z os personagens cativantes e a caracterização de Naledi me deixou bem feliz. Resenha aqui.


"Muito barulho por nada", Willian Shakespeare:
Muito barulho por nada foi a última leitura do clube do livro em 2020. Por mais que não goste de enredos onde o casal não se suporta acaba se apaixonando, consegui me divertir bastante. E ainda deu para debater bastante sobre a situação da mulher na época em que a peça foi escrita.

"Chorando de Alegria", Lorena Pimenta, Carol Stuart, Fernanda Gayo, Jéssica Barros e Maysa Muniz: Chorar de alegria nos traz poesias e textos sobre a vivência de várias mulheres através das palavras das cinco autoras. Seus amores, suas dores e as marcas que a sociedade machista impõe. Me identifiquei com algumas poesias mais do que outras, mas fui sensibilizada por cada uma. 


"O caderninho de desafios de Dash e Lily", David Levithan e Rachel Cohn: O caderninho de desafios de Dash e Lily é uma leitura leve, divertida e que se passa nas festas de fim de ano. Gostei de acompanhar as situações bizarras que eles passam, mas gostei muito mais de como os desafios despertam o melhor deles. Resenha aqui.


"O perigo de uma história única", Chimamanda Ngozi Adichie: A Chimamanda é uma autora incrível! Até mesmo suas palestras são inspiradoras e com temas profundos, e O perigo de uma história única só confirma isso. Impressionante como uma observação que deveria ser o básico para todos nós é deixado de lado e que erros recorrentes sejam cometidos. Vários pontos da palestra me lembraram do sistema de fake news, mesmo não sendo a questão levantada por ela.


"A dança da água", Ta-Nehisi Coates: Livros que falam da escravidão sempre são uma mistura de dor e revolta para mim, e não poderia ser diferente em A dança da água. Temos alguns elementos sobrenaturais, muitos pensamentos sobre o que seria a verdadeira liberdade e muita reflexão sobre a humanidade. Logo faço resenha.


"Azul infinito (Antes dela partir #1,5)", Flávia Tironi: Particularmente eu amei a maneira que a autora se preocupa em nos contar a história dele sem se desprender do presente e sem enfeitar demais seu passado. O Sean é uma pessoa comum que passou por sua cota de sofrimento, e conseguiu seguir em frente. Sua gentileza é sua maior qualidade e o torna um personagem cativante.


"A cor do Natal", Hellen G. Ricks:  A cor do Natal é um conto leve, mas que te faz refletir sobre alguns injustiças, entre elas, a situação das crianças que vivem na rua. Recebi o conto por conta do catarse de "Não tão branca", da editora Escureceu. Se puder, apoiem.



"A comissão chapeleira (Arma Escarlate - livro 02)", Renata Ventura: Eu realmente gosto de muita coisa no universo criado pela autora. Alguns dos seus personagens são apaixonantes (Oi, Capí), mas eu não sei o que ela espera que vejamos no Hugo. O que deveria ser um personagem cheio de defeitos e que vai evoluindo se tornou um garoto que não muda mesmo nas situações extremas e atribui seus erros aos outros sem pensar duas vezes. Também acho que faria muito bem a narrativa uma leitura sensível para alguns pontos mal desenvolvidos. Logo faço resenha. 


"A noite cai", Camila Cerdeira: Que riqueza em 40 páginas! Gostei de todo a mitologia baseada nos orixás, nas lendas brasileiras/ portuguesas e na maneira de desenvolver o enredo com tiradas inteligentes, engraçadas e sérias, e ainda temos representatividade LGBTQA+ . Adorei os personagens e fiquei com vontade de ler mais sobre eles.


"Ela é só uma garota comum", Pedro A. Ribeiro: É um ficção científica divertida ao mesmo tempo que mostra como pequenos gestos podem desencadear ou evitar circunstâncias perigosas. Fiquei com vontade de ver esse enredo num livro maior, mas gostei do que encontrei.


"I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year #01, #02 e #03", Shouichi Taguchi e Sugaru Miaki: Não fazia ideia do que encontrar ao começar essa série em três volumes, mas certamente não era "isso". O que é muito bom! O enredo é ousado e mexe com algumas questões de ética, mas especialmente nos faz refletir sobre nosso papel como ser humano, nossa contribuição na sociedade e, em especial, o comprometimento com a nossa própria felicidade. Fiquei satisfeita com os questionamentos, o desenvolvimento e como o autor fez o desfecho. 

"Ataque dos Titãs #28 e #29", Hajime Isayama: Olha, quando eu penso que entendi o objetivo do Eren, ele vem e faz uma coisa totalmente diferente. Como plot, essas mudanças são muito interessantes e deixam a curiosidade a mil. Mas eu queria muito bater no Eren! Está bem na cara que tem algum plano e tal, ainda sim ele me tira do sério. Fiquei igual ao Armin, chateada demais! Porém vamos ver onde vai dar...

"Ataque dos Titãs #30", Hajime Isayama: Tinha um plano? Tinha. Ainda quero bater no Eren? Claro! Mas já estou um pouco mais calma porque ele está escondendo bastante o que sente e estou a espera de saber mais. Enquanto isso o confronto dele com o Zeke me deixou um tanto confusa sobre em quem confiar. Por mais que o Zeke tenha um ponto realmente válido, não creio que seja a maneira correta de lidar com a questão, e o Eren também não aceita, e aí reside o problema: qual deles está certo? Ansiosa pelo volume 31!


"Pretty Guardian Sailor Moon #08 e #09", Naoko Takeuchi: Na minha saga de terminar os mangás da Sailor Moon me vi animada com os volumes 8 e 9. Creio ser porque a Usagi está mais segura de si e um pouco menos infantil. As outras Sailors também estão em um momento de crescimento pessoal e tudo isso parece ter um impacto positivo na narrativa. Ainda estou no amo/ odeio a Chibiusa, mas a autora parece ter, finalmente, desistido de uma das coisas que mais me incomodavam nela. Espero que os volumes que faltam sejam tão bons quanto esses.


"Pretty Guardian Sailor Moon #10", Naoko Takeuchi: A adição do Helios e tudo que ele representa fez bem ao enredo, e trouxe bastante coisa a se pensar. A importância do Mamoru também ficou mais evidente e toda a dinâmica com a volta das outras Sailors deixou o volume muito interessante. Já temos aqueles indícios de trama terminando e estou gostando bastante. Meu único problema segue sendo as escolhas da autora sobre a Chibiusa, creio que ela esquece a idade da personagem e determinadas cenas não soam corretas na minha opinião.

Me contem sobre as leituras de vocês!

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